FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de decidir construir 80 novos gabinetes e de aumentar as verbas para parlamentares gastarem com funcionários e infra-estrutura, a Câmara aprovou a reforma de seus apartamentos funcionais. Foi autorizado, pela Mesa Diretora, gasto de R$ 24 milhões neste ano para reformar seis blocos de 24 apartamentos em cada.
O objetivo é dar imóvel em condições de uso a todos os 513 deputados e, assim, eliminar o gasto com auxílio-moradia.
O mesmo valor será gasto em 2006 e 2007 para reformar seis blocos em cada ano. Ao final, terão sido gastos R$ 72 milhões para reformar 18 blocos de 24 imóveis, totalizando os atuais 432.
A Câmara tem hoje apartamentos construídos nos anos 60 e 70, muitos considerados desconfortáveis e com problemas de vazamento e eletricidade. Destes, só 207 estão ocupados. Os outros 225 estão sem condições de uso ou vazios por falta de interesse.
Os 306 deputados que não vivem em apartamentos recebem auxílio-moradia no valor de R$ 3.000, que gastam em hotéis ou imóveis alugados. O gasto anual da Câmara é de R$ 11 milhões.
"Em pouco mais de dois anos, a reforma vai se pagar em razão do fim do auxílio-moradia", disse o 1º secretário da Câmara, Inocêncio Oliveira (PMDB-PE), responsável pelo patrimônio da Casa.
De acordo com Inocêncio, cada imóvel vazio custa R$ 2.000 por mês. Os apartamentos valem cerca de R$ 350 mil. A reforma começa até julho.


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