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Construtoras rebatem suspeitas do TCU
Responsáveis por obras se defendem das irregularidades apontadas, que causaram suspensão de pagamento neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
A Construtora OAS mantém
em seu site uma declaração de
conduta na qual afirma não admitir "nenhuma concorrência
desleal nem práticas comerciais antiéticas", além de pugnar pelo "cumprimento da legislação em todas as instâncias
e normas internas".
Procurada pela Folha desde
o dia 22 de abril, por telefone e
por e-mail, a Construtora OAS
não se manifestou até o fechamento desta edição.
A diretoria da Egesa Engenharia (quatro obras questionadas) informou que em três
dos casos "os contratos [estão]
finalizados, as obras, prontas,
com utilização plena do usuário". Segundo a empresa, em
um caso "o TCU apontou indícios de irregularidades que foram contestados pela Egesa,
pelo Dertins (departamento de
estradas do Tocantins) e pelo
Dnit/DNER, que estão sendo
analisadas pelo TCU. Existe
contradição sobre a existência
ou não de indícios de irregularidades dentro do próprio
TCU. Foi determinado pelo
TCU o bloqueio dos últimos
pagamentos até que sejam esclarecidos os indícios. Não foi
praticado nenhum preço acima
dos preços contratados".
"A inclusão dos contratos no
anexo da LOA [Orçamento-2008] não se liga a qualquer
suspeita quanto à idoneidade e
capacidade técnica da Egesa,
visto que a Egesa foi contratada
pelos preços que livremente
propôs e que foram analisados,
aprovados e acatados pelo
Dnit. (...) A única irregularidade que a Egesa reconhece é a de
não receber por serviços executados e entregues", informou a empresa.
Em resposta por escrito, a
ARG Ltda. (quatro contratos)
informou que "as irregularidades apontadas pelos técnicos
do TCU são decorrentes de rotineira auditoria anual, realizada em todas as obras do país
que recebem recurso federal".
A empresa detalhou a situação
de cada obra, para concluir
"que não se identifica nenhuma irregularidade grave capaz
de causar prejuízo ao erário".
"Essas são as questões discutidas pelo TCU e, enquanto as
providências acima indicadas
não forem tomadas pelo Dnit,
as obras provavelmente continuarão paralisadas, pois não
serão liberadas na Lei Orçamentária", informou a ARG.
A Geosolo informou que sua
situação no TCU "está regularizada, sem pendência".
Em nota, a assessoria do Dnit
(Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes)
informou que o órgão "está
cumprindo todas as determinações do TCU para adequação
dos projetos que constam do
anexo 6. As irregularidades
apontadas (descumprimento
de exigências como licenças
prévias, planos de trabalho, estudos de viabilidade, inadequação aos índices de preços, descumprimento da Instrução
Normativa 01/07) estão sendo
sanadas, em função do aprimoramento nos processos de controle implementados".
"A grande maioria dos apontamentos é de processos antigos e de difícil solução, cuja
proposta do Dnit será a rescisão dos contratos, para que sejam encaminhadas licitações
de novos projetos e novas
obras", informou o Dnit.
O Ministério da Integração
Nacional informou que a maioria das obras com problemas na
sua área de influência (25 contratos) foi contratada há vários
anos e não implicou prejuízo
aos cofres públicos.
Os representantes da Gautama não foram localizados.
(RV)
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