São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

V de vitória?

Começou com blogs registrando à tarde que a Bolsa havia voltado aos 50 mil pontos. Daí para manchetes de sites e portais, noite adentro com números finais e enunciados como "salta" ou "dispara 6,59%" e "fecha acima dos 50 mil" e "no maior nível desde setembro", com eco depois nos telejornais. Para a Folha Online, "a euforia veio da China".
No "Financial Times", o editor de mercados citou Brasil e outros para dizer que "os mercados acreditam que a China realizou de algum jeito uma recuperação em forma de V". Bateu no fundo e voltou, como um "sinal de vitória" da China. Na reportagem, o "FT" destacou que as "exportações do Brasil saltaram" com a China. "Wall Street Journal" e Bloomberg também vincularam a reação à China.

PENSANDO BEM
Ato contínuo, "analistas esperam que o PIB do Brasil encolha menos do que haviam previsto anteriormente, pelos sinais de recuperação", deu a Bloomberg. É o resultado de uma nova enquete do Banco Central nas finanças.

PERDAS APAGADAS
Na manchete on-line do "New York Times", no final do dia, Wall Street "apaga as perdas de 2009 com salto das ações". No "WSJ", "sobe em 2009". Para o "NYT", "uma marca que era impensável" até semanas atrás.



DE VOLTA À CHINA

Na página 3 do "China Daily", junto à reportagem sobre o pacote asiático contra a crise, "Visita do presidente do Brasil vai expandir vínculos". Era uma entrevista com o embaixador Clodoaldo Hugueney, prevendo "resultados em todas as áreas, comércio, investimento, cooperação" -e dizendo que as reuniões entre os dias 18 e 20 abrem caminho para "um acordo de cinco anos". A visita de 2004, sublinha o jornal estatal, foi seguida do "boom" no comércio. Mas o embaixador cobrou mais investimento, ainda "muito pequeno".

VAIVÉM
Iniciado pela manhã, com despacho da agência Irna no UOL, o vaivém da visita de Mahmoud Ahmadinejad se manteve até o fim da tarde, por Folha Online e outros, com a suspensão da viagem a Brasil e Venezuela.
O "JN" destacou que o presidente não vem, mas o encontro entre empresários dos dois países está mantido em São Paulo.

POR OUTRO LADO
Nas capas da Folha Online ao "El País", entre outros pelo mundo, ontem, a decisão de um juiz espanhol de manter a investigação de autoridades israelenses por um ataque à faixa de Gaza em 2002, que matou crianças.
Já os massacres recentes são destaque na home da "Economist", com a região ainda em ruínas e cercada, três meses depois.



FIAT DO BRASIL

O "Financial Times" de papel abriu a manchete "Fiat planeja supergrupo automotivo europeu", reunindo Chrysler e as divisões da GM na Europa, Opel, Vauxhall, Saab. No mundo, só seria menor que a Toyota. Mas veio a Alemanha, da Opel, e exigiu manter a sede, para ceder os recursos desejados pela Fiat.
Na mesma linha, o despacho da AP nos sites americanos questionou "se uma coleção de montadoras com prejuízo pode gerar dinheiro", notando que "a Fiat só dá lucro por causa do negócio no Brasil".

FMI EUROPEU
Em longa carta ao "FT", o mexicano Jorge Castañeda atacou o poder da União Europeia no FMI, elogiou as ideias do G20 para reforma, mas pediu diretoria colegiada e vitalícia de nove membros para a instituição.

EUROPA ANTIBRIC
Já o "Guardian" deu que a União Europeia foi "acusada de protecionismo" por ações tomadas após suas promessas antiprotecionistas no G20 -como taxar em 60% as velas da China e impor tarifa sobre o alumínio brasileiro.



OBAMA CONTRA O PARAÍSO

Na manchete do "NYT" ao longo do dia, até mudar para a alta em Wall Street, o projeto de Obama para taxar os "paraísos fiscais", citando ilhas Cayman. Tendo por alvo "os que deixam dinheiro em contas no exterior, poderia levantar até US$ 210 bilhões". Segundo o "FT", na mira estão as próprias "multinacionais americanas", como a General Electric e a Procter & Gamble. O lobby industrial qualificou o plano como "desastroso".



Lalo de Almeida/nytimes.com
MEDO EM SÃO PAULO
Com chamada na home page do "New York Times" ao longo do dia, longa reportagem retratou como a produção e a venda de carros blindados vive um "boom" em São Paulo, apesar da crise. Seria um efeito do "medo" de sequestros relâmpagos, homicídios e outros. "São Paulo lidera o país -e o mundo- na produção de carros blindados"


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@ - Nelson de Sá


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