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PSC desiste de reunião com Dilma e fecha com tucanos
Com aliança, Serra terá 18 segundos a mais na propaganda eleitoral no rádio e na TV
Em almoço com Dilma, dirigentes do PP disseram que o partido tende a se manter neutro e liberar
as negociações regionais
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O pré-candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, ganhou ontem o apoio formal do
PSC, o que lhe garantirá cerca
de 18 segundos a mais na propaganda eleitoral de rádio e TV.
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, havia convidado
os dirigentes do partido para
uma conversa ontem, mas à
tarde, após reunião da Executiva, o PSC decidiu nem ouvi-la.
O partido apoia o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no
Congresso e esteve ao seu lado
na campanha de 2006.
A Folha apurou que a legenda mudou de lado por avaliar
que Dilma não controla o PT,
diferentemente de Lula. E que,
em um eventual governo dela,
medidas como as previstas no
Programa Nacional de Direitos
Humanos teriam mais chances
de sobreviver.
O programa, que previa inicialmente a legalização do
aborto e a união e adoção por
homossexuais, assustou os
conservadores do partido.
O presidente do PSC, Everaldo Pereira, é pastor da Assembleia de Deus no Rio. Há outros
dirigentes ligados à Igreja Católica, como o líder do partido
na Câmara, Hugo Leal (RJ).
"Nós tínhamos um encontro
marcado com Dilma, mas achamos que não era conveniente
gastar tempo dela. Acreditamos que efetivamente o Brasil
pode avançar mais com Serra",
disse Pereira, já incorporando
o slogan do tucano, que diz: "O
Brasil pode mais".
Serra já tinha o apoio formal
de PSDB, DEM e PPS, o que lhe
assegurava 5min37s de propaganda eleitoral, segundo levantamento feito pela Folha.
Dilma fechou até agora com
PT, PMDB, PDT, PR, PC do B e
PRB, o que dá a ela 8min16s dos
25 minutos. Com o apoio do
PSC, Serra terá agora 5min55s.
O PP tende a ficar neutro, liberando seus filiados nos Estados a apoiar o candidato que
for mais conveniente em sua
região. Esse foi o recado que a
direção do partido transmitiu
reservadamente a Dilma, em
um almoço ontem, no seu escritório de campanha.
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