São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Crise da dívida lá

No enunciado on-line do "Wall Street Journal", fim do dia, "Preocupação com dívida na Europa balança mercados globais". O jornal vê "crise de confiança" e fez até enquete, "Crise da dívida pode ser evitada?". Para 74%, não. No site do "Financial Times", "Grécia e Espanha causam ampla retração". À noite, "Crise da dívida da Europa nocauteia mercados".
No espanhol "El País", "Primeiro-ministro defende solidez espanhola ante rumor de contágio". O rumor falava em apelo ao FMI, por dinheiro.
No site da "Economist", "mercados não se deixam impressionar pelas tentativas de convencê-los de que problemas estão resolvidos". Diz crer na Espanha, mas avisa, em sua manchete: "A crise está pegando".

O DÓLAR SOBE
Na manchete on-line do "Brasil Econômico", com Reuters, "Grécia causa maior alta do dólar em três meses". Também no alto do UOL e de outros, fim da tarde, "Dólar avança e registra maior alta". Além da crise da dívida na Europa, anotou a Bloomberg, o mercado financeiro, Bolsa e câmbio, foi afetado ainda pela "preocupação com o crescimento chinês".

ÍNDIA & BRASIL
Jornais indianos como "The Hindu" noticiaram que, para a Câmara de Comércio Brasil-Índia, as trocas entre os dois devem ultrapassar US$ 6 bilhões neste ano e a meta é chegar aos US$ 10 bilhões em dois anos.
Na confederação indiana da indústria, o brasileiro que preside a Câmara afirmou que o Brasil "teme a China, mas confia na Índia".



SEM COMPLACÊNCIA

O "Financial Times" publica hoje e adiantou ontem no site um editorial sobre a "boa recuperação" do Brasil. Abre dizendo que agora "a América Latina está com ares de superioridade [swagger]. Na última semana, a revista "Time" escolheu Lula o líder mais influente do mundo. Manmohan Singh, o Bric mais próximo de Lula, foi 19º. Mesmo Obama só veio em quarto".
Cita outros motivos para a "bazófia", para então avisar que "o maior risco financeiro diante da América Latina, especialmente o Brasil, é a complacência". Cobra atenção para os primeiros sinais de "dor de cabeça pós-boom", como o excesso de crédito no país.

BOOM
O editor de mercados emergentes do "FT", Stefan Wagstyl, postou ontem no blog Beyond Brics que o impacto da crise da dívida europeia no Brasil não tem maior significado, na verdade, pois o problema aqui é outro: "Como administrar o excesso de capital e depois enfrentar o boom subsequente".

ACELERADOR
Na manchete do UOL no meio do dia, "Indústria tem a maior alta trimestral desde 1991". No texto, "começou o ano com o pé no acelerador, com recorde de produção e crescimento generalizado". E na escalada do "Jornal Nacional", depois, "Indústria tem o maior crescimento trimestral em 19 anos".



diario.elmercurio.cl
CHILE & BRASIL
Abrindo uma foto com os dois presidentes, o "El Mercurio" deu longo relato sobre como Lula bancou a escolha do Chile para a instalação do maior telescópio do mundo, financiado pela União Europeia -e que a Espanha queria nas ilhas Canárias

DE VOLTA A HONDURAS

"O Globo" informou no sábado que Lula cancelou sua viagem a Madri, para a cúpula Europa-América Latina, diante da "insistência do governo espanhol em convidar o presidente de Honduras". Ontem no site de "O Estado de S. Paulo", a reunião da Unasul mostrou que "apenas Peru e Colômbia reconhecem governo".
Já a AP deu que Obama telefonou ao presidente de Honduras para elogiar a instalação de uma "comissão da verdade" sobre o golpe contra Manuel Zelaya -que é questionada pelos zelayistas. Ouvida, a instituição Council on Hemispheric Affairs, dos EUA, lembrou a "persistente violação de direitos humanos" para duvidar do "potencial de paz e reconciliação" em Honduras.



lemonde.fr
"CRIAR CONFIANÇA"
Em entrevista ao francês "Le Monde", já traduzida no UOL, sobre a viagem de Lula a Teerã no dia 16, o chanceler Celso Amorim afirmou que "o Brasil pode ajudar a criar confiança com o Irã" e que vê um "estado de espírito positivo"



DESTRUIÇÃO EM MASSA

Depois de muito resistir, "New York Times" e o site Huffington Post, próximos de Obama, passaram a dar nas manchetes que o carro-bomba em Nova York foi obra de um americano de origem paquistanesa -aliás treinado no próprio Paquistão e parte de uma trama que já levou à prisão de diversos paquistaneses.
Entre outras, ele enfrenta, sublinhou a home do "NYT", "acusações de uso de armas de destruição em massa".



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