São Paulo, domingo, 05 de junho de 2005

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MÍDIA

Evento reunirá cerca de 60 profissionais e será organizado pela Folha; é a primeira conferência realizada no Hemisfério Sul

São Paulo sediará em 2006 encontro de ombudsmans

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Família atendida pelo Bolsa-Família, em evento em Santo André


DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de São Paulo será sede, em maio de 2006, da próxima conferência anual da ONO (Organização de Ombudsmans de Notícias, na sigla em inglês). Criada em 1980, a ONO reúne cerca de cem profissionais da área de vários países, sendo a maioria deles norte-americana.
O convite para que a primeira reunião anual da ONO aconteça em um país do Hemisfério Sul foi feito pelo ombudsman da Folha, Marcelo Beraba, durante encontro da entidade em maio passado, em Londres. Beraba é membro do conselho diretivo da ONO.
Inicialmente, a reunião de 2006 da ONO estava programada para acontecer na cidade norte-americana de Portland (Oregon), que cedeu a vez para o Brasil após o convite de Beraba, aprovado em votação.
A responsabilidade pela organização da conferência, que deve contar com cerca de 60 participantes, será da Folha.
O atual presidente da ONO, Ian Mayes, ombudsman do diário britânico ""The Guardian", afirma que a escolha de São Paulo para sediar o próximo encontro foi ""possivelmente a decisão mais significativa" da reunião do mês passado em Londres.
""A ONO foi convidada a expandir seus horizontes. Eu apostaria até o meu último dólar que vamos fazer isso", afirma Mayes.
Para Marcelo Beraba, a conferência da ONO em um país da América Latina é importante para acentuar na região a função e o papel dos ombudsmans.
""Em uma região onde as democracias ainda são relativamente jovens e frágeis, a imprensa tem um papel extremamente relevante e deve discutir temas próprios, como a auto-regulação, seus controles internos e a correção de seus erros", afirma Beraba.
Com a ajuda de um jornalista do México, Beraba conduziu um levantamento na América Latina onde encontrou pelo menos 19 ombudsmans atuando em oito países (Brasil, Bolívia, Colômbia, México, Panamá, Peru, Porto Rico e Venezuela).
A grande maioria desses profissionais ainda não é filiada à ONO (www.newsombudsmen.org), daí a oportunidade para a entidade ""expandir seus horizontes".
Seis dos 19 ombudsmans latino-americanos estão no Brasil -três em jornais, dois em estações de rádio e um na TV Cultura.
O primeiro cargo do gênero em um jornal foi criado em 1967 no Estado de Kentucky, nos EUA. A palavra ombudsman tem origem sueca e a Folha não faz a flexão para o plural seguindo a norma da língua inglesa.
Na reunião da ONO em maio passado, foram discutidos vários temas abrangentes, desde blogs como nova tendência de jornalismo e problemas jurídicos no jornalismo on-line à cobertura política dos jornais e a descrença de leitores e cidadãos com a política.

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