São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Alckmin não fala de denúncia e diz que cabe a banco decidir sobre patrocínios

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Geraldo Alckmin e o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, não quiseram comentar a abertura de investigação sobre o patrocínio do Carnaval de 2006 pelo banco estadual.
Segundo a assessoria de Alckmin, "a decisão sobre aplicação de verbas de marketing da Nossa Caixa, como de outras autarquias do governo do Estado de São Paulo, é de responsabilidade das próprias empresas, que são autônomas e independentes para tais decisões".
Em depoimento à Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa, em 25 de abril, o presidente da Nossa Caixa disse que o patrocínio gerou "uma contrapartida bastante boa em termos de marketing". "Os nossos letreiros ficaram do lado fora [do sambódromo], para quem passa pela Marginal. Por mais de um mês, tivemos um enorme camarote, exposição". Monteiro disse que o banco não recebeu as fantasias: "Funcionários receberam." Sua assessoria não respondeu às perguntas enviadas pela Folha nesta sexta-feira.
A gerente de marketing da Nossa Caixa, Marly Martins, também em depoimento na Assembléia, afirmou que "não houve custo nenhum para o banco". "Vieram em torno de cem fantasias para o banco, no momento da negociação." Ela disse que foi um pedido dela, feito quatro dias antes do desfile. "O banco não teve gasto nenhum com a Leandro de Itaquera. Nós fizemos um patrocínio para a Liga das Escolas de Samba", afirmou. Ela não soube dizer como foram divididos os recursos, pela Liga, entre as escolas de samba e informou que não houve solicitação do Palácio dos Bandeirantes.
Consultados, a Liga Independente das Escolas de Samba e o presidente da escola de samba Leandro de Itaquera, Leandro Alves Martins, não se manifestaram.


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