São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2008

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Marina afirma que saída foi gesto para evitar "retrocesso'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em seu primeiro discurso no Senado após deixar o governo, no mês passado, a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT-AC) disse que decidiu sair "no momento em que o acolhimento [do governo Lula]" já não lhe dava condições de continuar "operando uma agenda complexa". A petista foi aplaudida inclusive por senadores da oposição.
Segundo Marina, sua saída "foi um gesto" para evitar qualquer "tipo de retrocesso em relação às importantes conquistas", e completou: "A causa é maior que o cargo, que está a serviço da causa". Ela, contudo, se disse honrada de ter trabalhado com o presidente Lula e afirmou que Carlos Minc, seu sucessor, é "pessoa da agenda".
Marina citou o licenciamento das hidrelétricas do complexo do rio Madeira (RO). O atraso na liberação a fez entrar em colisão com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "[A obra] jamais teria sido licenciada se não tivéssemos resolvido os problemas do mercúrio, das malárias e dos bagres, que alguns ridicularizavam, dizendo que estávamos preocupados com os bagres em lugar de nos preocuparmos com a energia."
Ela espetou o governador Blairo Maggi (MT-PR), crítico de seu trabalho no Meio Ambiente. "Erro é combater o que está funcionando, combater o combate ao ilegal", afirmou.
(LUCAS FERRAZ)


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