São Paulo, sexta, 5 de junho de 1998

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Tucano pode mudar marca de campanha

LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio

O publicitário Rui Rodrigues, coordenador de marketing e propaganda da candidatura do presidente Fernando Henrique Cardoso à reeleição, afirmou ontem à Folha que ainda não sabe se a mão espalmada Äusada como símbolo da campanha tucana em 94Ä será usada este ano.
Na mão, cada dedo representava uma das cinco principais metas de FHC: emprego, saúde, segurança, educação e agricultura.
O não-cumprimento das cinco metas é uma das principais críticas feitas ao governo de FHC. E, para Rodrigues, explica parte da queda do presidente nas pesquisas.
"Muitas das necessidades da população não foram cumpridas", diz Rodrigues.
Embora a estratégia de campanha não esteja traçada, o publicitário diz que não vai "fazer a campanha com a mão no bolso".
Rodrigues fará a função antes desempenhada pelo publicitário Geraldo Walter Äo principal marqueteiro da campanha de 94, morto este ano.
Embora ele brinque dizendo que, para honrar totalmente as promessas, serão precisos mais quatro anos (a duração do mandato presidencial), Rodrigues diz que não vai "reduzir" a campanha às conquistas econômicas, como o fim da inflação, a estabilidade econômica e a moeda estável.
"Não temos vergonha da mão", afirmou o publicitário.
Ontem à noite, Rodrigues e o publicitário Nizan Guanaes, que comandará o marketing e propaganda da campanha, tinham uma reunião agendada no Rio com a Executiva Nacional do PSDB.
A DM9, de Guanaes, cuidará da campanha de FHC, como ocorreu em 1994, e da conta do PSDB. A GW fará a produção dos programas. O que ainda não foi decidido é quem cuidará dos eventos e quem fará a assessoria de imprensa. Provavelmente, os dois setores não ficarão com a DM9.
Sem orçamento definido, o grupo que cuidará de marketing e propaganda deve ter cerca de cem pessoas, de motoristas a editores de imagem e secretárias.
Segundo ele, ainda não existe um projeto de campanha, o que será feito ainda este mês. Depois de submetido a FHC e a Eduardo Jorge, coordenador-geral da campanha, o material começa a ser produzido em julho.



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