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SUCESSÃO
Pressionado, deputado disse depois que partido fica com governo "até o fim"
Temer diz que PMDB está
com FHC "por enquanto"
da Sucursal de Brasília
A expressão
"por enquanto" quase provocou uma crise
entre o PMDB
governista e o
presidente Fernando Henrique Cardoso depois de uma reunião no Palácio da Alvorada.
No final da manhã de ontem, o
presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse que o
PMDB "continua, por enquanto,
com o presidente Fernando Henrique".
Temer respondia a uma pergunta sobre prováveis entendimentos
entre o seu partido e o PTB, que
decidiu se afastar da candidatura
FHC.
Cerca de quatro horas depois de
dar essa resposta, Temer convocou um nova entrevista, dessa vez
no seu gabinete, para explicar a
declaração.
"Foi uma posição afirmativa",
disse. Segundo o Dicionário Aurélio, por enquanto significa por hora e por agora.
Temer decidiu esclarecer a primeira entrevista, concedida enquanto se dirigia do elevador ao
seu gabinete, depois que a declaração foi divulgada por agências de
notícias.
O líder do PMDB na Câmara,
Geddel Vieira Lima (BA), que entrou no gabinete de Temer logo
depois da primeira entrevista, foi
o primeiro a cobrar explicações do
presidente da Câmara.
Os líderes do partido no Senado,
Jader Barbalho (PA), e do PFL na
Câmara, Inocêncio Oliveira (PE),
também falaram com Temer sobre
o "por enquanto".
Até o fim
"Em face da queda (de popularidade de FHC) nas pesquisas,
pode parecer que estamos em posição dúbia. Não há dubiedade, há
afirmação. Temos uma definição
cabal (a favor de FHC) que queremos levar até o fim", afirmou Temer.
Segundo ele, na convenção deste
mês, o PMDB deverá oficializar o
apoio à reeleição de FHC.
Na reunião, foi feita uma análise
da situação do partido em cada Estado. Constatou-se que deverá aumentar a diferença de votos
pró-FHC na convenção.
O "por enquanto" não foi o primeiro deslize de Temer nesta semana.
Na última terça-feira, Temer defendeu que o governo poderia sacrificar "minimamente" o controle da inflação em favor de aumento dos investimentos na área
social.
Ontem Temer disse que não é
"estúpido" para defender a volta da inflação, mas repetiu a mesma idéia.
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