DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, atribuiu ontem às relações passadas do PT as dificuldades criadas atualmente pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
"O governo está colhendo hoje aquilo que plantou no passado. O MST é uma coisa revolucionária, que desacata o governo. Não existe uma regra do jogo que possa suportar um MST, que vai lá desanca o governo, que aceita sem dizer nada. Pode ter simpatia pelo MST, mas não pode chegar lá e endossar", declarou em São Paulo, momentos antes de receber um prêmio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ermírio criticou o ato do presidente Lula de colocar um boné do MST durante solenidade no Palácio do Planalto na quarta-feira passada. "Tem de colocar o boné do emprego. Aquilo foi um ato impensado. O governo não quer a baderna que o MST representa."
Sem saber das críticas de Ermírio, Lula entregou ao empresário o prêmio de melhor empresa dos 30 anos de existência da publicação "Maiores e Melhores", da revista "Exame". Chamou-o de "brasileiro preocupado com o desenvolvimento" e disse ser justo o prêmio.


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