São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2005

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PAINEL

Dominó
Delúbio Soares apresenta hoje, antes da reunião da Executiva petista, carta nos mesmos moldes da de Silvio Pereira. Assim como o secretário-geral, o tesoureiro vai se afastar das funções partidárias e colocar seus sigilos à disposição do PT.

Vá na frente
José Genoino reclamou da reação de Aloizio Mercadante diante da revelação de que Marcos Valério foi avalista de um empréstimo para o PT. No sábado, o senador se recusou a ir a uma reunião para tratar do caso.

Bons companheiros
No domingo, Mercadante reuniu prefeitos e deputados que deliberaram pela renúncia do presidente petista. O grupo toma café hoje com Genoino para apresentar sua proposta.

Ah, bom
O líder do governo no Senado nega desavença com o presidente do PT e diz que achou suas explicações "bastante razoáveis".

Esperando Valério
Membros da CPI dos Correios acreditam já existirem indícios para pedir a prisão de Marcos Valério depois de seu depoimento à comissão, amanhã.

Por amostragem
Delúbio Soares, que deve depor na CPI, confidenciou a amigos que teme ser alvo de uma ação "escandalosa". Usou como exemplo a forma como a PF convocou seu pai a depor.

Sem dedaço
O TCU não acatou integralmente requerimento da CPI convocando nominalmente três técnicos -um deles do RS- para assessorar as investigações. Foram cedidos os funcionários que estavam disponíveis.

Na boca do povo
Prêmio anunciado para os vencedores de promoção realizada por uma rádio paulistana: "Durante três meses você vai receber um "mensalão" de R$ 2.000. São R$ 6.000 para você".

Ufa!
Item na agenda da secretária de Valério: "reunião com Lula". Não se trata do presidente, mas de Luís Costa Pinto, que assessorou João Paulo Cunha e, no passado, fez a entrevista em que Pedro Collor apontou corrupção no governo do irmão.

Não, obrigado
Fracassou a tentativa do governo federal de ter Drauzio Varella no Ministério da Saúde. Sondado pelo Planalto, o médico recusou a proposta.

Tolerância zero
O presidente do PMDB, Michel Temer, reúne os governadores do partido amanhã em Brasília. Rosinha Garotinho (RJ) adianta que vai propor a imediata destituição do líder na Câmara, José Borba, acusado pela secretária de Marcos Valério de envolvimento no "mensalão".

Pane geral
O pneu do avião que levava o senador Delcídio Amaral, presidente da CPI dos Correios, até o norte de MS anteontem estourou justamente no momento do pouso. O susto foi grande.

Roda presa
Apesar de ter verba disponível no Orçamento, o presidente da Assembléia paulista, Rodrigo Garcia (PFL), decidiu não renovar a frota dos 94 deputados da Casa. Diz que só substituirá os atuais Boras, da Volks, se houver parceria com fornecedores.

Visitas à Folha
José Serra (PSDB), prefeito de São Paulo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.
 

Janio Cezar Luiz Pohren, presidente dos Correios, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de José Otaviano Pereira, diretor comercial, de Marcos Antonio Vieira da Silva, diretor regional, e de Fausto Weiler, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado federal Geddel Vieira Lima (BA), integrante da ala oposicionista do PMDB, sobre a atual crise política:
-O governo Lula é um caso para ser analisado pelo Conar: começou com a propaganda enganosa de Duda Mendonça e vai terminar com a publicidade enganosa de Marcos Valério.

CONTRAPONTO

A noite dos desesperados

Na madrugada de sexta-feira passada, quando se aproximava do fim o depoimento-maratona de Roberto Jefferson (PTB-RJ) à CPI dos Correios, um deputado presente à sessão gritou:
-Isso aqui é terapia de grupo!
Ele se referia ao diálogo travado naquele momento entre o depoente e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para secar antigas feridas. Como o relógio beirava 2h, o longo discurso do senador enlouquecia a audiência.
Suplicy, então, resolveu passar às perguntas. Mas, depois da nona questão, fez nova pausa e voltou a divagar. O presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), quase subiu pelas paredes.
-Mas eu só fiz 9 das 23 perguntas-, lamentou Suplicy.
-Por favor, encaminhe por escrito-, rebateu Delcídio.
-Só para concluir, senhor presidente-, pediu o senador.
-Suplicy, você já está concluindo há vinte minutos...


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