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Sindicato diz que Delúbio trabalha 40 horas por semana em Goiânia
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O tesoureiro do PT, Delúbio
Soares, recebia salário de R$
1.020,28 da Secretaria Estadual da
Educação de Goiás com base em
declarações mensais do Sintego
(Sindicato dos Trabalhadores em
Educação) de que freqüentava a
entidade, prestando serviços, 40
horas por semana.
Dois ex-diretores, que deixaram
o cargo na semana passada, disseram ontem nunca ter visto o tesoureiro no Sintego. Delúbio mora há 14 anos em São Paulo.
"Eu estou no sindicato há cinco
anos e nunca vi o Delúbio lá", disse o ex-diretor de Políticas Sindicais João Guimarães Sobrinho.
Por meio de uma portaria da
então secretária estadual da Educação Raquel Figueiredo Alessandri, atualmente deputada federal
licenciada pelo PSDB, Delúbio foi
cedido para prestar "serviços, a título de colaborador, junto ao Sintego de 9 de fevereiro de 2001 a 8
de fevereiro de 2005".
Mesmo após terminar o prazo
na portaria, Delúbio continuou
recebendo salário até maio deste
ano. Ele devolveu em junho R$
4.782,74 à secretária, após publicação do caso na imprensa e notificação do governo de Goiás.
A Folha teve acesso ontem a
uma das declarações enviadas pelo Sintego à secretaria. No documento de prestação de contas, a
então presidente da entidade
Noeme Diná Silva, que deu posse
no cargo a seu vice na quinta-feira, declara que Delúbio, "à disposição da entidade", teve "freqüência normal em março de 2005".
Choro
Na quinta-feira passada, Delúbio chorou na posse do novo presidente do Sintego, Domingos Pereira da Silva. Em discurso, o tesoureiro disse ser vítima de "um
movimento de calúnia apresentado pela direita brasileira contra o
projeto de transformação social".
Silva, que assumiu o cargo, era vice-presidente do sindicato.
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