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Advogados de Valério pedem habeas corpus
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que proíba a
CPI dos Correios de prendê-lo caso ele se recuse a responder a perguntas no depoimento de amanhã ou não
queira assinar o termo de
compromisso legal para ser
ouvido como testemunha.
Valério quer prestar o depoimento como investigado,
porque essa condição lhe garante o direito de ficar calado diante de perguntas cujas
respostas impliquem a confirmação da prática de algum crime. Os advogados
dele entraram com um habeas corpus preventivo.
Em razão do recesso dos
tribunais superiores, no mês
de julho, o pedido será apreciado pela vice-presidente
do STF, ministra Ellen Gracie Northfleet. A decisão será
tomada hoje.
Eles dizem que, na prática,
a CPI já está tratando o publicitário como investigado,
porque determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dele e de empresas e pessoas ligadas a ele.
A base do habeas corpus é
a norma da Constituição que
assegura a qualquer pessoa
sob investigação o direito de
não revelar fatos que possam
incriminá-la. Se for ouvido
como testemunha, ele não
irá usufruir desse direito.
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