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Paralisação supera a de outros anos
DA REDAÇÃO
A redução dos trabalhos
legislativos, comum em anos
eleitorais, tem sido mais
acentuada neste ano. Em
2002, por exemplo, o Congresso votou uma medida
provisória em agosto -em
plena campanha eleitoral.
A diminuição da produção
legislativa ocorreu a despeito
da aprovação, em fevereiro,
da emenda constitucional
que reduziu o recesso parlamentar de 90 para 55 dias.
Antes, o recesso do meio do
ano abrangia todo o mês de
julho. Agora, a Constituição
determina que o Congresso
deve se reunir "de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de
agosto a 22 de dezembro".
Uma medida objetiva da
produtividade do Legislativo
é o número de projetos de
leis convertidos em normas
jurídicas. Conforme o site da
Câmara dos Deputados, esse
número caiu de 87, em 1993,
para 39, em 1994. Não houve
queda de 1997 a 1998 (53 projetos em cada ano), mas ela
voltou a ocorrer de 2001 para
2002 (de 62 para 43).
Mas nenhuma dessas reduções se compara à paralisia atual. Em 2005, em razão
do escândalo do mensalão e
das CPIs, apenas 15 projetos
de lei foram convertidos em
normas jurídicas -menos
que em qualquer ano recente. E, em 2006, o site da Câmara não registra nenhum
projeto convertido em lei.
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