São Paulo, sábado, 05 de julho de 2008

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Metrô e Alstom fecham contrato de R$ 706 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio ao escândalo do caso Alstom, a multinacional anunciou ontem um contrato de 280 milhões (R$ 706 milhões) com o Metrô para fornecer um sistema de automação e sinalização de trens, com capacidade de operação sem condutor. Trata-se do maior contrato do tipo já fechado pela Alstom.
Segundo o Metrô, o contrato foi antecedido por uma licitação da qual participaram quatro concorrentes.
Patrick Kron, presidente mundial da multinacional, diz que a unidade brasileira é uma das mais importantes do mundo e ainda serve de plataforma para exportação.
Segundo Kron, o Brasil contribui com cerca de 1 bilhão no resultado mundial das vendas, que somam 16 bilhões. "A Alstom Brasil tem uma participação muito importante", disse.
A empresa emprega hoje 4.300 pessoas no Brasil, sendo que 800 foram contratadas no último ano. A Alstom prevê contratar mais 800 profissionais.
A fábrica de Taubaté (SP) esteve ligada aos projetos de hidrelétricas da Alstom no mundo. Já a unidade de vagões e equipamentos ferroviários, na Lapa, zona oeste da capital paulista, faz projetos para metrôs de Nova York, Santiago, Buenos Aires e também para o Brasil.
O contrato envolve a renovação do sistema de controle de trens e já foi implementado em Nova Déli, Istambul e Cairo. Batizado de Urbalis, o sistema permite maior freqüência e menor intervalo entre os trens. A nova operação deve começar em 2010.
A Alstom também anunciou a construção de uma fábrica em Porto Velho (RO), em parceria com a brasileira Bardella, para fornecer equipamentos para a usina de Santo Antônio, no rio Madeira. O investimento previsto é de 35 milhões.
(TONI SCIARRETTA e JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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