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JUDICIÁRIO
Candidata de oposição vira presidente de TRT paulista
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Após uma eleição acirrada, a
juíza Dora Vaz Treviño, 63, foi
eleita ontem a presidente do TRT
(Tribunal Regional do Trabalho)
da 2ª Região, em São Paulo. Ela
ganhou em segundo turno e com
a diferença de apenas um voto em
relação ao juiz Antônio José Teixeira de Carvalho, 64.
Dora, que é candidata da oposição, deverá tomar posse no dia 15
do próximo mês, quando irá suceder no comando do tribunal a
atual presidente, a juíza Maria
Aparecida Pellegrina.
O órgão ficou conhecido pelo
desvio, antes da atual gestão, de
R$ 196,5 milhões da construção
do fórum trabalhista de São Paulo, no qual estava envolvido o juiz
aposentado Nicolau dos Santos
Neto, ex-presidente do tribunal.
Condenado em primeira instância, Santos Neto cumpre hoje
prisão domiciliar. O prédio foi
concluído. Recentemente, o Ministério Público Federal abriu investigações para apurar a legalidade de licitações firmadas pela
atual gestão -que nega a existência de irregularidades.
No primeiro turno da eleição de
ontem, Dora obteve 31 votos contra os 29 de Carvalho. No entanto,
de acordo com o estatuto do tribunal, o candidato deve alcançar
nessa fase pelo menos 50% do número de juízes do órgão (são 64
vagas, das quais três não estão
preenchidas). No segundo turno,
Dora obteve 30 votos, Carvalho
manteve os 29.
A presidente eleita atuou como
advogada cível e trabalhista na cidade de Santos, onde nasceu, e em
São Paulo. Em 1970, passou em
concurso público para Procuradora do Estado de São Paulo, função que ocupou até junho de 1973.
Em 1992, Dora tomou posse como juíza do TRT. Atualmente, ela
é a vice-presidente administrativa
do tribunal. A presidente eleita
disse ontem que terá como prioridade em sua gestão a valorização
dos funcionários: "O TRT já gastou muito dinheiro com o prédio.
Agora está na hora de investir nas
pessoas que trabalham aqui".
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