São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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Nomeados por atos ficam em cargos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, anunciou ontem que não haverá nenhuma exoneração de servidores nomeados por atos secretos.
A medida beneficia Henrique Bernardes, o ex-namorado da neta do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que tem um cargo na Diretoria Geral mas dá expediente no serviço médico do Senado.
Segundo Tajra, 79 servidores nomeados pelos atos estão em atividade. Eles responderão a processo administrativo em que terão que comprovar que trabalham na Casa. Até o final da investigação, terão salários suspensos.
"Estamos dando o legítimo direito de defesa desses servidores", justificou.
A decisão consta em ato assinado por Sarney ontem. Na prática, ele deixa de executar a medida que havia tomado em julho passado, quando mandou anular todos os 663 atos considerados pela comissão de sindicância que investigou o escândalo.
À época, o senador afirmou que todos os servidores nomeados por atos secretos seriam exonerados.
Foi Tajra quem fez Sarney voltar atrás. O diretor sempre foi contra a decisão do senador, pois temia uma série de ações judiciais. Tajra confirmou ainda que os 36 atos secretos assinados pela Mesa Diretora não serão anulados.
Segundo Tajra, Sarney não poderia anular os atos porque a Mesa -colegiado formado por sete senadores- tem mais peso que o presidente do Senado. O diretor afirmou que o grupo é que vai decidir se anula ou não os atos.


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