|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nomeados por atos ficam em cargos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, anunciou ontem que não haverá nenhuma exoneração
de servidores nomeados
por atos secretos.
A medida beneficia
Henrique Bernardes, o ex-namorado da neta do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que tem
um cargo na Diretoria Geral mas dá expediente no
serviço médico do Senado.
Segundo Tajra, 79 servidores nomeados pelos
atos estão em atividade.
Eles responderão a processo administrativo em
que terão que comprovar
que trabalham na Casa.
Até o final da investigação,
terão salários suspensos.
"Estamos dando o legítimo direito de defesa desses servidores", justificou.
A decisão consta em ato
assinado por Sarney ontem. Na prática, ele deixa
de executar a medida que
havia tomado em julho
passado, quando mandou
anular todos os 663 atos
considerados pela comissão de sindicância que investigou o escândalo.
À época, o senador afirmou que todos os servidores nomeados por atos secretos seriam exonerados.
Foi Tajra quem fez Sarney voltar atrás. O diretor
sempre foi contra a decisão do senador, pois temia
uma série de ações judiciais. Tajra confirmou ainda que os 36 atos secretos
assinados pela Mesa Diretora não serão anulados.
Segundo Tajra, Sarney
não poderia anular os atos
porque a Mesa -colegiado
formado por sete senadores- tem mais peso que o
presidente do Senado. O
diretor afirmou que o grupo é que vai decidir se anula ou não os atos.
Texto Anterior: Senador acompanha ataques contra ele na tribuna Próximo Texto: Simon afirma que sentiu medo de Collor, que faz visita a Lula Índice
|