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Lula volta a criticar atraso de obras por fiscalização
Ele diz que pediu um estudo sobre custo de paralisação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a paralisação de obras de infraestrutura por conta de fiscalizações do TCU (Tribunal de Contas da União), Ministério Público e de empresas perdedoras de
licitação que vão à Justiça.
Lula disse que pediu aos seus
auxiliares que façam um levantamento do gasto efetivo com o
atraso das obras públicas, com
o objetivo de saber quanto custa ter um projeto paralisado
por um ou dois anos.
"Estou pedindo para a minha
assessoria apresentar um custo
efetivo dessas obras [paralisadas]. O metrô da Bahia, quando
para, quanto aumenta no custo
desse metrô quando terminar
de construir a obra? Ou o metrô
de Belo Horizonte quando é paralisado, ou uma rodovia, uma
ferrovia, o que isso implicou de
custo efetivo para a União."
Segundo o presidente, há
pessoas, não nominadas por
ele, interessadas na paralisação
e demora no andamento de
obras: "O Brasil tem um tipo de
gente que deve ganhar muito
dinheiro com a morosidade das
coisas. Esses estão sempre
achando que a gente não pode
modernizar nada".
Ao discursar em evento de
criação de novas 230 varas judiciais, Lula reclamou das críticas ao governo federal por conta do aumento de gastos com a
contratação de servidores.
Segundo ele, novos funcionários são necessários para a máquina pública funcionar bem
para a população.
"Cada vez que a gente tem
que dar um aumento há sempre alguns pares de pessoas que
fazem duras críticas de que o
Estado está inchando, que é
preciso que tenha choque de
gestão no país. O que as pessoas
não se dão conta é que, se tudo
funcionar corretamente como
um relógio, o custo do país será
infinitamente menor", disse.
Lula anunciou a criação de
230 varas e de 8.510 cargos e
funções comissionadas, implantados gradativamente pelos tribunais regionais federais,
de acordo com a disponibilidade orçamentária.
Dos cargos criados, 230 são
de juízes federais; 230 de juízes
substitutos; 2.070 de analistas
judiciários e 2.530 de técnicos.
Além disso, serão criados 230
cargos em comissão e 3.220
funções comissionadas.
Ontem, o presidente elogiou
mais uma vez o Congresso pela
votação de projetos de interesse do governo.
"O esforço do Congresso Nacional é digno de grande destaque ao conferir prioridade à
tramitação das propostas selecionadas e voltadas à prestação
de uma Justiça mais rápida, eficiente e próxima da população", disse. Anteontem, Lula
disse que o Congresso faz mais
coisas boas do que ruins, ao
sancionar a Lei da Adoção.
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