São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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Lula volta a criticar atraso de obras por fiscalização

Ele diz que pediu um estudo sobre custo de paralisação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a paralisação de obras de infraestrutura por conta de fiscalizações do TCU (Tribunal de Contas da União), Ministério Público e de empresas perdedoras de licitação que vão à Justiça.
Lula disse que pediu aos seus auxiliares que façam um levantamento do gasto efetivo com o atraso das obras públicas, com o objetivo de saber quanto custa ter um projeto paralisado por um ou dois anos.
"Estou pedindo para a minha assessoria apresentar um custo efetivo dessas obras [paralisadas]. O metrô da Bahia, quando para, quanto aumenta no custo desse metrô quando terminar de construir a obra? Ou o metrô de Belo Horizonte quando é paralisado, ou uma rodovia, uma ferrovia, o que isso implicou de custo efetivo para a União."
Segundo o presidente, há pessoas, não nominadas por ele, interessadas na paralisação e demora no andamento de obras: "O Brasil tem um tipo de gente que deve ganhar muito dinheiro com a morosidade das coisas. Esses estão sempre achando que a gente não pode modernizar nada".
Ao discursar em evento de criação de novas 230 varas judiciais, Lula reclamou das críticas ao governo federal por conta do aumento de gastos com a contratação de servidores.
Segundo ele, novos funcionários são necessários para a máquina pública funcionar bem para a população.
"Cada vez que a gente tem que dar um aumento há sempre alguns pares de pessoas que fazem duras críticas de que o Estado está inchando, que é preciso que tenha choque de gestão no país. O que as pessoas não se dão conta é que, se tudo funcionar corretamente como um relógio, o custo do país será infinitamente menor", disse.
Lula anunciou a criação de 230 varas e de 8.510 cargos e funções comissionadas, implantados gradativamente pelos tribunais regionais federais, de acordo com a disponibilidade orçamentária.
Dos cargos criados, 230 são de juízes federais; 230 de juízes substitutos; 2.070 de analistas judiciários e 2.530 de técnicos. Além disso, serão criados 230 cargos em comissão e 3.220 funções comissionadas.
Ontem, o presidente elogiou mais uma vez o Congresso pela votação de projetos de interesse do governo.
"O esforço do Congresso Nacional é digno de grande destaque ao conferir prioridade à tramitação das propostas selecionadas e voltadas à prestação de uma Justiça mais rápida, eficiente e próxima da população", disse. Anteontem, Lula disse que o Congresso faz mais coisas boas do que ruins, ao sancionar a Lei da Adoção.


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