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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
Universal faz de cerimônia no Rio um ato pró-Crivella
Bispo repete número do postulante ao governo e insinua uso de cocaína por rival
Candidatos a deputados
federal e estadual também
são mencionados, e senador
do PRB diz desconhecer e
desaprovar ato de religioso
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O bispo Gérson Cardoso,
chefe da Igreja Universal no
Rio, pediu a fiéis votos no candidato a governador Marcelo
Crivella (PRB) e, sem citar nomes, disse que não se pode eleger "um cheirador de cocaína".
Segundo o Tribunal Regional
Eleitoral, a propaganda eleitoral em igrejas é proibida.
Crivella é bispo licenciado da
Universal e sobrinho do fundador da igreja, Edir Macedo, e
diz desconhecer as declarações
de apoio do bispo Gérson.
O Datafolha, aponta Crivella
em segundo nas pesquisas, com
19% das intenções de voto,
atrás do senador Sérgio Cabral
(PMDB), que tem 42%.
Em uma das reuniões mais
cheias da semana, na catedral
da Fé, o bispo também pediu
votos para os candidatos a deputado ligados à igreja.
"Estão orando pelo bispo
Marcelo Crivella, senador Crivella? É o meu candidato. Qual
é o número dele? Dez! É fácil,
qual é o número bom, que nota
todo mundo quer? Dez. Temos
que ajudar ele, gente! E eleger o
bispo Léo Vivas e a obreira Beatriz para ajudarem ele. Bispo
Léo é 1010, para deputado federal. E a obreira Beatriz é 10100.
É fácil: 10, 1010 e 10100."
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