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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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Fazendeiros divergem sobre fusão

DA AGÊNCIA FOLHA

Lançada pelo MNP (Movimento Nacional de Produtores), a idéia de fundir as entidades ruralistas e criar uma confederação nacional que enfoque especificamente a questão fundiária enfrenta resistência da UDR (União Democrática Ruralista) e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
"A idéia não é se opor à CNA, e sim somar esforços para assegurar assessoria jurídica aos fazendeiros vítimas de invasão. Seria uma reestruturação", disse João Bosco Leal, presidente do MNP.
Sem criar atritos, a UDR rechaça discretamente a idéia do MNP e aponta seu próprio caminho. "A UDR, com um nome fixado em todo o país, tem condições atualmente de almejar uma atuação mais nacionalizada, sem se sobrepor à CNA. Inclusive teremos nossa sede nacional em Brasília", disse Marcos Prochet, presidente da entidade no Paraná. Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente nacional da entidade, disse que atualmente "não há como pensar em fragmentação".
Já, para o presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, as entidades ruralistas devem se fortalecer regionalmente, e não querer nacionalizar sua área de atuação. "É possível que alguém que queira fazer pelo Brasil todo acabe fazendo mal feito, abrindo buracos absolutamente impossíveis depois de serem recompostos."
Segundo Salvo, a CNA é atualmente, com 1 milhão de associados, a única entidade no país com condições e estrutura para oferecer aos produtores rurais uma atuação no Congresso.
Salvo reconhece, porém, que a CNA não possui condições estruturais de atender nacionalmente os pedidos de assessoria jurídica para casos de reintegração de posse de áreas invadidas. "É absolutamente impossível."


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