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Derrotado, governador do CE agora promete empenho por tucano
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Se no primeiro turno Geraldo Alckmin (PSDB) não tinha
nenhum palanque no Ceará, no
segundo turno ele poderá ter
dois, do mesmo PSDB, no Estado. Isso porque o governador
Lúcio Alcântara (PSDB), que
foi derrotado por Cid Gomes
(PSB) nas urnas, decidiu que
irá apoiá-lo e se "empenhar ao
máximo" na campanha, coisa
que não fez antes.
Pelo contrário: em sua campanha, Alcântara buscou se
aproximar do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e mostrou
imagens dele na sua propaganda de rádio e TV. A explicação
dada pelo governador, então,
foi que sua intenção era mostrar que podia ter um bom relacionamento com o presidente,
mesmo sendo de outro partido.
Apesar de Alcântara ter dito,
em entrevistas, apoiar Alckmin, o nome deste não apareceu na propaganda do PSDB
cearense no primeiro turno.
Sem o palanque de Alcântara,
o único espaço que Alckmin tinha era o montado, de forma
solitária, por Tasso Jereissati,
que preside o PSDB e saiu pelo
interior do Ceará, sozinho, pedindo votos para Alckmin (mas
não para o governador).
Alcântara anunciou o apoio a
Alckmin ontem, no palácio do
governo. Anteontem, ele havia
ido a São Paulo para se encontrar com Alckmin e levou cinco
deputados federais eleitos do
partido. Na entrevista, o governador disse que fez "o que pôde" por Alckmin no primeiro
turno. Segundo ele, Alckmin
compreendeu que "problemas
regionais" -numa referência
ao rompimento dele com Tasso- o impediram de se aproximar mais da campanha.
(KAMILA FERNANDES)
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