São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2006

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Foco

Rosinha dá conselhos a tucano de como agradar os eleitores evangélicos

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, não mira apenas o Rio quando se alia ao casal Garotinho. Procura também uma ponte com um mundo evangélico. Na reunião que antecipou o anúncio formal de apoio ao tucano, o ex-governador Anthony Garotinho se comprometeu a reunir pastores evangélicos de todo o país num ato pró-Alckmin. Ao seu lado, a governadora do Rio, Rosinha Matheus, deu dicas de como se comportar para não contrariar o eleitorado evangélico. Ela recomendou que Alckmin retirasse a fita do senhor do Bonfim que carrega no pulso direito e sugeriu que nunca aceitasse o banho de pipoca comum nos rituais baianos. Também sugeriu que nunca permitisse que uma cigana lesse sua mão.
A governadora do Rio mencionou ainda dois temas perigosos: aborto e casamento de homossexuais. Na conversa, Alckmin disse que já se manifestara contra o aborto e explicou que não defendera o casamento de homossexuais, mas a possibilidade de um contrato entre eles.
Alckmin pediu ajuda junto aos eleitores evangélicos do Norte do país. Garotinho lembrou ter obtido maior votação que Alckmin no Estado do Amazonas, um dos alvos de preocupação do candidato.
Além do eleitorado evangélico, o tucano quer o apoio de Garotinho na Baixada Fluminense. O peemedebista se comprometeu a montar comitês para Alckmin e Sérgio Cabral Filho em cada um dos municípios da Baixada.
Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PPS, Roberto Freire (PE), chegaram ao escritório de Alckmin já no fim do encontro. Aproveitando sua presença, Garotinho lembrou das restrições de Cesar Maia ao seu nome. "Se ele me bater, vou ter de reagir à altura", avisou.
Tasso tranqüilizou Garotinho, prometendo evitar reações violentas. Já Freire disse que procuraria Denise Frossard para impedir qualquer rompante. Não funcionou.
(CATIA SEABRA)


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