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ELEIÇÕES 2006 / RIO GRANDE DO SUL
40 prefeitos do PT vão tirar férias para fazer campanha
Objetivo é alavancar votação de Lula no Estado e eleger Olívio Dutra governador
No 1º turno, presidente teve no Estado o seu segundo pior desempenho no país e ex-ministro ficou atrás de Yeda Crusius, do PSDB
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Quarenta prefeitos do PT no
Rio Grande do Sul vão se afastar dos cargos para ajudar Olívio Dutra a se eleger governador do Estado e reconduzir
Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. A coordenação de
campanha de Olívio distribuiu
aos prefeitos licenciados tarefas relativas a cada região. Além
disso, os 42 vice-prefeitos petistas ajudarão os titulares.
A reunião com os prefeitos
ocorreu anteontem, na sede do
PT-RS, onde fica a coordenação
da campanha de Olívio.
Entre as tarefas repassadas
aos prefeitos está a de entrar
em contato com colegas de outros municípios que não sejam
filiados ao PT, mas que também não tenham ligações com a
adversária do ex-ministro das
Cidades no segundo turno, Yeda Crusius (PSDB).
""A orientação é para que os
prefeitos tirem férias de uns
dez dias. No meu caso, vou trabalhar as regiões do Vale do Sinos e do Vale do Caí. Vamos
trabalhar por região", disse o
prefeito de São Leopoldo, Ary
Vanazzi, que coordena a associação dos prefeitos do PT.
"Vou alertar os outros prefeitos sobre a atenção que durante
o governo Lula foi dada à habitação. Só na minha cidade, estão construindo 3.000 casas
populares. Nunca ocorreu isso
antes", disse Vanazzi.
No primeiro turno, Lula teve
no Estado seu segundo pior desempenho no país, com 33,1%
dos votos, à frente apenas de
Roraima. Olívio teve 27,39%
contra 32,90% de Yeda.
Olívio deve divulgar, para reforçar essa idéia, um documento onde serão listados compromissos em relação aos municípios. Ex-governador do Rio
Grande do Sul (1999 a 2002),
Olívio chegou a criar, em sua
administração no Estado, ""encubadoras empresariais" para
fomentar a geração de pequenas empresas no interior mediante assessoramento técnico.
Yeda
A candidata tucana formou
um colegiado integrado por líderes do PSDB, PPS e PFL para
definir sua estratégia de campanha, que deverá se centrar na
idéia de ser ela uma "novidade"
e pelo projeto de realizar um
"choque de gestão" no Estado,
repetindo o discurso nacional
de Geraldo Alckmin, que no
primeiro turno obteve 55,8%
dos votos entre os gaúchos.
O PDT de Alceu Collares,
quinto colocado no primeiro
turno com 3,71%, realizará
amanhã votação do diretório
estadual para definir a atitude a
ser tomada no segundo turno.
O PMDB do governador Germano Rigotto, que teve só 26
mil votos a menos que Olívio,
resolveu realizar um congresso
extraordinário na próxima segunda para definir o comportamento no segundo turno. Nos
dois partidos, a tendência é de
apoio a Yeda.
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