São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / RIO GRANDE DO SUL

40 prefeitos do PT vão tirar férias para fazer campanha

Objetivo é alavancar votação de Lula no Estado e eleger Olívio Dutra governador

No 1º turno, presidente teve no Estado o seu segundo pior desempenho no país e ex-ministro ficou atrás de Yeda Crusius, do PSDB


LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Quarenta prefeitos do PT no Rio Grande do Sul vão se afastar dos cargos para ajudar Olívio Dutra a se eleger governador do Estado e reconduzir Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. A coordenação de campanha de Olívio distribuiu aos prefeitos licenciados tarefas relativas a cada região. Além disso, os 42 vice-prefeitos petistas ajudarão os titulares.
A reunião com os prefeitos ocorreu anteontem, na sede do PT-RS, onde fica a coordenação da campanha de Olívio.
Entre as tarefas repassadas aos prefeitos está a de entrar em contato com colegas de outros municípios que não sejam filiados ao PT, mas que também não tenham ligações com a adversária do ex-ministro das Cidades no segundo turno, Yeda Crusius (PSDB).
""A orientação é para que os prefeitos tirem férias de uns dez dias. No meu caso, vou trabalhar as regiões do Vale do Sinos e do Vale do Caí. Vamos trabalhar por região", disse o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, que coordena a associação dos prefeitos do PT.
"Vou alertar os outros prefeitos sobre a atenção que durante o governo Lula foi dada à habitação. Só na minha cidade, estão construindo 3.000 casas populares. Nunca ocorreu isso antes", disse Vanazzi.
No primeiro turno, Lula teve no Estado seu segundo pior desempenho no país, com 33,1% dos votos, à frente apenas de Roraima. Olívio teve 27,39% contra 32,90% de Yeda.
Olívio deve divulgar, para reforçar essa idéia, um documento onde serão listados compromissos em relação aos municípios. Ex-governador do Rio Grande do Sul (1999 a 2002), Olívio chegou a criar, em sua administração no Estado, ""encubadoras empresariais" para fomentar a geração de pequenas empresas no interior mediante assessoramento técnico.

Yeda
A candidata tucana formou um colegiado integrado por líderes do PSDB, PPS e PFL para definir sua estratégia de campanha, que deverá se centrar na idéia de ser ela uma "novidade" e pelo projeto de realizar um "choque de gestão" no Estado, repetindo o discurso nacional de Geraldo Alckmin, que no primeiro turno obteve 55,8% dos votos entre os gaúchos.
O PDT de Alceu Collares, quinto colocado no primeiro turno com 3,71%, realizará amanhã votação do diretório estadual para definir a atitude a ser tomada no segundo turno.
O PMDB do governador Germano Rigotto, que teve só 26 mil votos a menos que Olívio, resolveu realizar um congresso extraordinário na próxima segunda para definir o comportamento no segundo turno. Nos dois partidos, a tendência é de apoio a Yeda.


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