DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que caberá ao eleitor julgar o comportamento da ala de seu partido que apoiou Gilberto Kassab (DEM) nesta eleição.
"Esse tema [dissidentes] fica para o partido avaliar. Mas a população certamente fará seu juízo", disse o tucano, durante visita a um shopping center na zona oeste da capital paulista.
Questionado sobre a participação tímida do governador José Serra (PSDB) em sua campanha, Alckmin foi curto: "Eu não vou responder pelo Serra". Até a tarde de ontem, o governador não havia participado de eventos de rua ao lado do candidato de seu partido. Em toda a campanha, eles tiveram duas agendas públicas, e Serra gravou um depoimento para o programa de TV de Alckmin.
O candidato do PSDB voltou a negar a intenção de sair do partido. "Não existe a menor possibilidade disso acontecer."

Chuva
Ontem, por várias vezes a programação de Alckmin foi alterada devido ao tempo ruim. "Dizem que chuva dá sorte. Por isso continuo convicto de que vamos para o segundo turno e ganharemos a eleição", disse.
Em Pinheiros, na zona oeste, um correligionário do tucano quase foi agredido por um homem que chamou o candidato de "safado". Alheio ao incidente, Alckmin continuou pedindo votos ao lado da filha, Sophia.
O tucano comentou o direito de resposta que ganhou da Justiça contra Kassab e que foi ao ar anteontem à noite. Propaganda do DEM insinuava que Alckmin tem "duas caras". "Se alguém tem sido coerente em política, esse alguém sou eu."
Reservadamente, tucanos interpretaram a fala do ex-governador no direito de resposta como recado a Serra, já que Alckmin ressaltou sua lealdade ao PSDB. (JOSÉ ALBERTO BOMBIG)


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