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Senadores de
oposição querem
obstruir reformas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição no Senado ameaça obstruir, a partir do dia 12, a
tramitação das reformas previdenciária e tributária e do Orçamento da União para 2004. A
ameaça ocorre em protesto
contra a edição de uma medida
provisória pelo governo na sexta-feira passada com um pacote tributário.
"Veja como esse governo é
inábil. Se tivesse discutido antes com o Congresso, os partidos não se sentiriam tão desrespeitados. Estamos indignados com o aumento da carga
tributária, que resultará do aumento da alíquota da Cofins
[Contribuição para Financiamento da Seguridade Social]",
afirmou o líder do PDT, Jefferson Péres (AM).
Ele se reuniu com os líderes
do PFL, José Agripino (RN), e
do PSDB, Arthur Virgílio
(AM), para discutir uma estratégia de ação para forçar o governo a negociar mudanças nas
duas reformas.
Os três decidiram manter o
acordo de não lançar mão de
mecanismos regimentais para
atrasar as votações só até o dia
11, último dia de apresentação
de emendas em plenário à reforma da Previdência. Após esse prazo, a reforma será submetida a nova votação na CCJ
(Comissão de Constituição e
Justiça) e, depois, votada em
primeiro turno no plenário.
Com apenas 33 dos 81 senadores, os três partidos não têm
votos suficientes para derrotar
o governo na votação de uma
proposta de emenda constitucional -cuja aprovação exige
49 votos a favor-, mas já mostraram força para atrapalhar a
tramitação.
O líder do governo, Aloizio
Mercadante (PT-SP), reagiu à
ameaça dizendo que a MP foi
editada em cumprimento a
uma decisão tomada anteriormente pelo próprio Congresso
(fim da cumulatividade).
(RAQUEL ULHÔA E RAYMUNDO COSTA)
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