São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2007

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Rússia quer triplicar venda à Venezuela

DE CARACAS

Principal fornecedora da Venezuela, a Rússia projeta até triplicar a venda de material bélico a esse país nos próximos anos. O governo Hugo Chávez comprou até agora cerca de US$ 4 bilhões em armamento, entre os quais se destacam os 24 caças Sukhoi Su-30, entre os mais modernos do mundo.
"Podemos afirmar que, no mínimo, duplicaremos ou triplicaremos essa soma", disse Serguei Ladiguin, diretor da agência estatal Rosoboronexport, que detém o monopólio das exportações de armamento russo. A declaração foi feita na segunda-feira, em Caracas, em entrevista a uma TV russa.
Caso a projeção se confirme, as vendas futuras à Venezuela podem chegar a US$ 8 bilhões. O valor é maior do que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, espera contar no orçamento para custeio e investimento na área militar no ano que vem: US$ 5,7 bilhões.
Além da encomenda dos aviões, que será entregue em 2008, a Venezuela comprou 53 helicópteros de transporte e de ataque e 100 mil rifles de assalto Kalashnikov. Já as negociações iniciadas neste ano envolvem cinco submarinos russos Kilo-636, movidos a diesel, e de 5.000 rifles Dragunov.
Os acordos militares entre Caracas e Moscou incluem ainda a construção, na Venezuela, de uma fábrica de fuzis Kalashnikov -a primeira na América Latina-, outra de munições e uma unidade de reparação de helicópteros. No início do ano, a Rússia se comprometeu a ajudar na modernização da frota da Marinha.
Em sua recente proposta de reforma constitucional, Chávez, que chegou a tenente-coronel em sua carreira militar, inclui a criação da Milícia Popular como a quinta Força Armada venezuelana (as outras são Exército, Marinha, Aeronáutica e Guarda Nacional). (FM)


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