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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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PAINEL

Segunda época
Atrasados, os congressistas terão de trabalhar nos três próximos finais de semana. Mas não muito. No Senado, quórum mínimo amanhã e domingo basta para contar prazo para a votação da reforma da Previdência. Nos dois seguintes, será a vez da Comissão de Orçamento.

Contra o relógio
O relator Jorge Bittar (PT-RJ) fez as contas: para aprovar o Orçamento ainda neste ano será preciso votar os relatórios setoriais nos dias 13 e 14 e o texto final nos dias 19 e 20. Só assim o governo poderá iniciar 2004 gastando (pouco) dinheiro.

Impressão digital
No entender de outras lideranças petistas, José Genoino insiste em defender Flamarion Portela contra tudo e todos por ter sido o responsável direto pela filiação do governador ao partido. Na época, o "reforço" foi objeto de muita discussão. O presidente do PT decidiu bancá-lo.

Nomenclatura
Integrantes da comitiva de Lula, segundo o "Syria Times": "Mariza Lecia" (a primeira-dama), "Val Fredo Mars Nemia" (ministro do Turismo), "Siro Gomez" (Integração Nacional) e "Georgy Flex" (Segurança Institucional). Palocci, que ficou no Brasil, virou "Antonio Balosi".

Sem outro lado
Entre lideranças judaicas, há perceptível mal-estar com as declarações de Lula no Oriente Médio. O presidente defendeu a criação do Estado palestino e condenou os assentamentos nos territórios ocupados, sem dar destaque semelhante ao terrorismo praticado contra Israel.

Troca de base
Nelson Pellegrino abandonou a corrente esquerdista Força Socialista. Líder do PT na Câmara e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, o deputado discorda das críticas que o grupo faz ao governo Lula. Sobraram na tendência apenas dois parlamentares: Maninha e Ivan Valente.

Eu prometo
Em evento dedicado ao tema da infância e da adolescência, recheado de especialistas em direitos humanos, João Paulo Cunha afirmou ontem que a redução da maioridade penal não passará enquanto ele for presidente da Câmara. "Não é o melhor caminho para reduzir a violência."

Elas me amam
Abordado na manhã de ontem por alagoanas no salão verde do Congresso, José Dirceu aceitou o convite para tirar uma foto com o grupo. Aproveitou para cutucar a senadora Heloísa Helena, prestes a ser expulsa do PT: "Faço um tremendo sucesso com as mulheres em Alagoas".

Pelos cotovelos
Circula na Câmara Municipal de São Paulo gravação de discurso no qual o vereador tucano Gilberto Natalini afirma que 40 colegas fazem "trambique" e aceitam propina de até R$ 1 milhão para aprovar projetos de interesse da prefeitura.

Veja bem
Gilberto Natalini, depois de ouvir trecho da gravação em posse da Folha: "Parece ser minha voz, mas precisaria confirmar". O vereador Claudio Fonseca (PC do B) entrou com representação na corregedoria da Câmara pedindo provas.

Sem paliativo
Renata Covas se diz "chocada" com a versão, divulgada à imprensa, de que a funcionária de sua mãe obrigada por um ladrão a sacar dinheiro de banco dentro do Palácio dos Bandeirantes teria na verdade sido vítima de um estelionatário. "Foi sequestro-relâmpago, como acontece todo dia a tantas pessoas."

Visita à Folha
Norberto Vidal, cônsul-geral da Argentina em São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Carlos César García Baltar, cônsul-geral-adjunto.

TIROTEIO

Do deputado pefelista Rodrigo Maia (RJ), sobre a presença dos governadores tucanos Lúcio Alcântara (CE) e Marconi Perillo (GO) na comitiva que acompanha Lula na viagem ao Oriente Médio:
-É preciso avisar aos governadores do PSDB que mudou o presidente da República.

CONTRAPONTO

Tudo igual

Na terça-feira, a Câmara aprovou a prorrogação, por dois anos, da alíquota de 27,5% do Imposto de Renda, que seria extinta no final deste ano.
Foi uma sessão de tiroteio pesado entre governo e oposição. PSDB e PFL subiram à tribuna para lembrar que o PT, antes de chegar ao Planalto, esbravejava contra a alíquota cuja sobrevivência agora tratou de garantir.
No manhã seguinte, o paranaense Paulo Bernardo, vice-líder do governo, encontrou os tucanos Luiz Carlos Hauly (PR) e Antônio Cambraia (CE).
-Governo é mesmo tudo igual- provocou Hauly.
Diante do silêncio do petista, seguiu com as estocadas:
-Sempre disse que o PT faria no governo o que criticava.
Bernardo ouviu tudo. Quando os rivais se calaram, revidou:
-O que eu nunca imaginei é que a oposição também seria sempre igual.


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