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PROJETO 2006
Tucanos de São Paulo planejam fortalecer partido no interior do Estado para viabilizar governador à Presidência
PSDB paulista faz plano para Alckmin contra Aécio
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção paulista do PSDB organiza uma blindagem política
para tentar garantir o nome do
governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, nas próximas eleições
presidenciais de 2006. O partido
quer se fortalecer em 102 municípios, todos com mais de 50 mil
habitantes e que juntos representam 82% dos eleitores do Estado.
As metas são: aproximar os comandos municipais e, se preciso,
intervir nos diretórios, buscar nomes para a disputa municipal de
2004 e melhorar a comunicação
com os filiados. Os planos serão
expostos no próximo dia 3 em
reunião com os diretórios.
Além da disputa municipal, a
direção paulista sabe que a corrida pela Presidência em 2006 passará necessariamente pela eleição,
em maio, do novo presidente nacional do PSDB.
Os paulistas disputam o controle da sigla com o grupo de apoio
ao governador de Minas Gerais,
Aécio Neves, que é afinado com o
senador Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará. Alckmin conta com o apoio do grupo "histórico" paulista, como o candidato
derrotado à Presidência José Serra e o atual presidente nacional do
PSDB, José Aníbal.
Nos Estados
Os governadores Aécio e Alckmin, que saíram da eleição como
os novos expoentes da sigla, se
cercaram de um equipe de "notáveis" e de "competência ministerial", como eles mesmos dizem,
respectivamente. Anunciaram
ações em sintonia com o governo
federal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e elegeram como meta as
mesmas prioridades: o corte de
gastos e a moralidade pública.
As primeiras mudanças anunciadas foram estruturais.
Reeleito, Alckmin trocou 13 dos
21 secretários da primeira gestão e
anunciou nomes de "competência ministerial" -segundo o próprio governador. Aécio, por sua
vez, criou o conselho de "notáveis" para assessorá-lo diretamente e convidou secretários que
já passaram pelos principais cargos do governo federal.
Se Alckmin emplacou Andrea
Calabi, ex-presidente do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para
a Secretaria da Economia e do
Planejamento, Aécio chamou o
ex-secretário da Receita Federal
Everardo Maciel para assessorá-lo em temas tributários.
Os tucanos anunciaram ainda a
criação de conselhos afinados
com as metas de Lula de abrir espaço no governo federal para a
sociedade civil.
Na mesma linha, Alckmin criou
uma espécie de pacto social paulista, um conselho de interlocução
das ações econômicas e sociais do
governo com a sociedade civil.
Em Minas, Aécio contará com a
assessoria informal de quatro
"notáveis" -além de Everardo
Maciel, o economista Edmar Bacha, o bispo dom Luciano Mendes de Almeida e o ex-chanceler
Francisco Rezek.
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