DA REPORTAGEM LOCAL

A eleição para a presidência nacional do PSDB, em maio, deverá iniciar uma nova disputa entre os tucanos José Serra, candidato derrotado pelo partido à Presidência, e Tasso Jereissati, senador e ex-governador do Ceará.
Os dois entraram em atrito na última eleição presidencial. Tasso, que desejava se lançar ao cargo, anunciou que desistiria de sua pré-candidatura em favor de Serra após se sentir preterido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Conquistar a presidência do partido é garantir espaço político nos próximos quatro anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alguns tucanos dizem que, com Serra na presidência do PSDB, a sigla adotaria um posicionamento mais crítico em relação a Lula. Com Tasso, haveria, segundo eles, uma maior tolerância.
A pedido de tucanos, no entanto, essa disputa entre Serra e Tasso para a presidência nacional do PSDB deverá ser colocada em banho-maria. A principal preocupação dos tucanos é não prejudicar as negociações que estão em andamento para as eleições das Mesas da Câmara e do Senado.
Para atingir seu objetivo, José Serra conta com o apoio do ex-presidente Fernando Henrique, do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do atual presidente da legenda, José Aníbal.
O ex-governador do Ceará, por sua vez, é afinado ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Tasso conta ainda com o apoio de seu afilhado político, o novo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS) -também derrotado na disputa presidencial e que ensaia retornar ao PSDB.



Texto Anterior: Projeto 2006: PSDB paulista faz plano para Alckmin contra Aécio
Próximo Texto: Entrevista da 2ª: Lula testará democracia, diz Castañeda
Índice