ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Independentemente das críticas do presidente Lula, integrantes do Campo Majoritário já desenham a distribuição de forças na Câmara. O grupo não abre mão de liderar a bancada, cargo hoje com Henrique Fontana (RS), da tendência Democracia Socialista.
O Campo aceita ceder para a esquerda do PT a presidência da CFT (Comissão de Finanças e Tributação), a segunda mais importante da Casa. O deputado Vignatti (SC), ligado à Articulação de Esquerda, é o mais cotado para presidir a CFT.
Para a liderança, existem dois candidatos fortes: Maurício Rands (PE) e Luiz Sérgio (RJ), ambos do Campo. O candidato oficial do grupo é Sérgio. A decisão deve sair amanhã após reunião.
"Estamos trabalhando para o Rands desistir", disse o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).
A saída é convencer Rands a aceitar a presidência do Conselho de Ética. Por enquanto, ele mantém a candidatura a líder. Rands deve ser apoiado pela Democracia Socialista, cujo principal representante na bancada é Walter Pinheiro (BA), segundo quem vários integrantes da corrente já assinaram documento sobre a refundação do PT, que conta com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, como um dos idealizadores. O Movimento PT, entretanto, não apoiará o texto. "Achamos boa a iniciativa, mas vamos fazer nosso próprio documento", disse a deputada Maria do Rosário (RS).


Texto Anterior: Esquerda do partido promete texto polêmico
Próximo Texto: Janio de Freitas: O PAC do PAN
Índice