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outro lado
Deputado volta a afirmar que pagou débito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Menos de uma semana depois de assumir o posto, o novo corregedor da Câmara,
deputado Edmar Moreira
(DEM-MG), convocou ontem uma entrevista para explicar as denúncias contra
ele. Sem apresentar documentos, ele voltou a afirmar
que já pagou o que devia ao
INSS e que não declarou à
Justiça Eleitoral um castelo
em São João do Nepomuceno (MG) porque o imóvel está registrado no nome de
dois de seus filhos.
Como revelou ontem a Folha, Moreira é investigado
pelo STF (Supremo Tribunal
Federal) em inquérito aberto
em 2007. Ele é acusado de se
apropriar de contribuições
ao INSS de seus empregados
em uma empresa de vigilância. "Não tenho conhecimento dessa dívida. Juntei todos
os comprovantes de pagamento na Justiça. Já provei
que tudo foi pago."
A Receita desmente o deputado. O órgão disse ao Ministério Público Federal que
Moreira renegociou parte da
dívida no Refis (Programa de
Recuperação Fiscal), mas foi
excluído do programa por
inadimplência. Afirmou ainda que há outras dívidas renegociadas, mas que esse não
é o caso do débito que resultou na abertura do inquérito.
A defesa de Moreira alega,
no inquérito, que o deputado
já pagou mais de R$ 1,8 milhão, com a ressalva de que
não reconhecia o débito.
Sobre o castelo, com torres
de até oito andares e 36 suítes, Moreira diz que conseguiu construi-lo ao longo de
oito anos (de 1982 a 1990)
com a renda de suas empresas de segurança.
O valor do imóvel foi estimado por ele próprio entre
R$ 20 milhões e R$ 25 milhões. Mas um corretor confirmou à Folha que o imóvel
está à venda por US$ 25 milhões. Segundo Moreira, o
castelo foi transferido "com
registro em cartório" para
seus filhos em 1993.
Um dos filhos, Leonardo
Moreira, declarou à Justiça
um terreno na área rural de
Carlos Alves, no valor de R$
3,1 milhões. Já o deputado
declarou R$ 17,5 mil de uma
área na mesma região.
(MCC)
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