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Em nota, DEM pede a deputado que deixe cargo na Mesa Diretora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em nota divulgada ontem, o
presidente nacional do DEM,
deputado Rodrigo Maia (RJ),
recomenda que Edmar Moreira (DEM-MG) renuncie à segunda-vice-presidência da Câmara. Os quatro principais partidos que apoiaram a eleição
Michel Temer (PMDB-SP) para presidir a Casa também discutem reservadamente uma
forma de tirar pelo menos a
Corregedoria de Moreira.
Na avaliação de dirigentes de
PT, PMDB, PSDB e DEM, Moreira não tem condição política
de ocupar o posto que admite
ou rejeita investigações contra
os próprios deputados. Uma
saída estudada é o desmembramento das funções da segunda
vice-presidência, entre as quais
está a de corregedor-geral.
Para isso, basta a Mesa revogar um ato de 1993 que distribuiu funções aos sete titulares.
Na próxima semana, os integrantes da Mesa devem se reunir para tratar o tema. Ontem, o
presidente do DEM disse que o
Conselho de Ética do partido
examinará as denúncias contra
o deputado em reunião da Executiva que deve acontecer na
próxima quinta-feira.
"Somadas suas últimas atitudes às denúncias de contradição nas informações de sua declaração de bens, o DEM considera, por outro lado, que quaisquer decisões, mesmo que corretas, tomadas pelo referido
deputado, no exercício das suas
funções, serão sempre eivadas
de suspeição, com evidentes
prejuízos para a imagem do Poder Legislativo", disse o presidente em nota.
No início da semana ele contrariou o partido disputando
uma vaga na Mesa. O candidato
oficial da sigla era Vic Pires
Franco (DEM-PA). Desde a votação da prorrogação da CPMF
na Câmara, Moreira enfrenta
resistências no DEM. Ele votou
pela prorrogação e chegou a ser
ameaçado de expulsão.
Na corregedoria, Moreira já
terá que decidir sobre três processos: contra os conterrâneos
Ademir Camilo (PDT-MG),
João Magalhães (PMDB-MG) e
Barbosa Neto (PDT-PR).
No mesmo dia em que assumiu o cargo, ele defendeu o fim
das investigações de deputados
pelos próprios colegas. Na nota
de ontem, o DEM também repudiou essas declarações e afirmou que "é inaceitável colocar-se a solidariedade fraterna entre colegas acima do compromisso essencial com a moralidade parlamentar".
Moreira disse, antes da divulgação da nota do DEM, que permanecerá no cargo. Ele não foi
localizado após a recomendação do partido para renunciar.
(MARIA CLARA CABRAL, KENNEDY ALENCAR E FERNANDA ODILLA)
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