São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2009

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Lula testa Dilma e Geddel no palanque

Ministros inauguraram juntos obra do PAC; peemedebista é cotado para ser vice do PT na disputa de 2010

SIMONE IGLESIAS
ENVIADA ESPECIAL A SÃO SALVADOR DO TOCANTINS (TO)

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) incorporou o estilo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos palanques ontem, na inauguração de uma usina hidrelétrica do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em Tocantins. Ao discursar para o público, ela trocou o usual "senhores e senhoras" por "companheiras e companheiros", usado pelo petista.
A candidata de Lula à sucessão dividiu o palanque com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), um dos nomes cotados caso o PMDB indique o vice do PT em 2010.
Lula chegou a fazer insinuações sobre o seu substituto e, em uma oportunidade, mencionou que os dois ministros estavam com viagem programada para vistoriar obras da transposição do São Francisco.
"Geddel vai hoje [ontem] com Dilma, (...) a Dilma está andando muito para ver as obras do São Francisco", disse, para minutos depois emendar: "Eu trabalho com a certeza de que, quando eu acabar a Presidência deste país, quem vier depois de mim -que eu espero que seja quem eu penso que vai ser-, eu quero que essa pessoa receba o país muito mais organizado, um país com prateleiras de projetos para que as coisas comecem a funcionar".
Durante o discurso dos empresários responsáveis pela obra, Lula cochichou com Dilma e, vendo que a ministra suava muito, pediu a um auxiliar um lenço e a ajudou a enxugar o rosto. Chegou a mostrar à ministra um ponto onde a maquiagem derretia com o sol, logo abaixo dos olhos.
Ao citar Geddel em seu discurso, a ministra o chamou de "meu querido companheiro". Ela se disse emocionada com a inauguração da usina, viabilizada por meio do PAC , e disse que, apesar das críticas de que as obras estão atrasadas, essa foi entregue quase dois meses antes do prazo.
Lula desconversou ao ser questionado se estava acompanhado dos dois representantes da chapa de sua sucessão: "Não sou eu que escolho e não é o momento de escolher. Quando chegar o momento certo, eu terei o imenso prazer de dizer".


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