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Alencar é opção para unir PT e PMDB em MG
Vice já admite a aliados estar disposto a se candidatar ao governo do Estado caso a saúde permita e se aliança for efetiva
No PT, o consenso sobre Alencar é tanto que ele vai receber o título de militante honorário do partido na segunda, em Belo Horizonte
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Designado pelo presidente
Lula para comandar a tarefa de
solucionar o impasse entre PT
e PMDB em Minas Gerais, o vice-presidente José Alencar
(PRB) está mais perto de se tornar, ele próprio, a solução.
Alencar já afirma a aliados
sua disposição de concorrer ao
governo de Minas em vez de a
uma vaga no Senado. Isso caso
seu estado de saúde permita e
caso sua candidatura represente a união de PT e PMDB no Estado, com a formação de um
único e forte palanque para a
candidatura presidencial da
ministra Dilma Rousseff (PT).
Hoje, o ministro Hélio Costa
(Comunicações) é o nome do
PMDB para a sucessão do governador Aécio Neves (PSDB).
A seu favor, tem a liderança nas
pesquisas de intenção de voto.
No PT, uma disputa interna
opõe o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel ao
ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).
Os fatores políticos não são
empecilho para o vice: o PMDB
mineiro e, mais explicitamente,
as duas correntes do PT local, já
admitem abrir mão de suas intenções de candidatura própria
para apoiar Alencar.
No PT, o consenso em relação ao vice de Lula é tamanho
que, na segunda-feira, Alencar
receberá, em Belo Horizonte, o
título de "militante honorário"
do partido -uma espécie de filiação informal ao PT. Dilma
deve comparecer à cerimônia.
No PMDB, o partido ainda
não tem posição oficial. O presidente do partido em Minas,
deputado federal Antônio Andrade, próximo a Costa, diz que
prefere aguardar uma resposta
do próprio Alencar antes de falar a respeito, mas não garante
uma candidatura do ministro
com Alencar na disputa.
O presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, um dos principais soldados de Pimentel, afirma que o partido continua defendendo a candidatura própria, mas que agora, em vez de
dois pré-candidatos, tem três.
"Nós recebemos o Alencar
hoje como companheiro do PT.
Eu acho que o José Alencar é a
única possibilidade nesse momento [de unificar o palanque
de Dilma em Minas]. Eu diria
que ele tem grandes chances de
ser o candidato", diz Lopes.
Mais um passo na direção da
candidatura foi dado anteontem, em Brasília. Provocado
por membros do PT e do PC do
B mineiros, Alencar disse estar
à disposição para unificar a base do governo em Minas, segundo maior colégio eleitoral.
Um cenário com Alencar disputando o governo também
movimenta a disputa para o Senado -hoje estão colocados os
nomes de Aécio Neves (PSDB)
e Itamar Franco (PPS).
Com a saída de Alencar da
disputa pelo Senado, abre-se
uma vaga para Hélio Costa entrar na disputa como candidato
de Lula, e a vaga de vice de
Alencar ficaria com o PT.
Aliados de Pimentel e Patrus
mantiveram ontem a divisão
que tem marcado o PT mineiro
nos últimos tempos: cada lado
defende que seu nome seja o vice na chapa de Alencar. Essa divisão preocupa o vice, que por
ora continua com o projeto de
disputar o Senado. Aliados de
Aécio julgam Alencar um adversário mais forte, mas dizem
que o seu nome só encobre a
fragilidade do PT no Estado.
Colaboraram RANIER BRAGON e SIMONE IGLESIAS, da Sucursal de Brasília
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