São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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PARÁ

MPF aponta irregularidade em convênio

DA AGÊNCIA FOLHA

O Ministério Público Federal no Pará entrou com ação civil pública contra o deputado estadual Parsifal Pontes (PMDB), líder do partido na Assembléia Legislativa do Estado, e a construtora Camargo Corrêa, um dos maiores grupos empresariais do país, por supostas irregularidades no uso de R$ 6,8 milhões, provenientes de um convênio da União, em 2002.
Na época, Pontes era prefeito do município de Tucuruí (PA), cuja prefeitura recebeu recursos do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) para a construção das eclusas da usina hidrelétrica de Tucuruí, no sudeste do Estado -que até hoje ainda não foram concluídas.
Segundo o Ministério Público Federal, os recursos deveriam ser destinados a obras de proteção e contenção da margem esquerda do rio Tocantins, mas a prefeitura contratou a Camargo Corrêa para a construção de uma avenida na orla do rio, de dois terminais flutuantes, de passarelas, pontes e pontos de iluminação.
O ex-diretor-geral do Dnit Luiz Francisco Silva Marcos também foi envolvido nas supostas irregularidades. Para Ministério Público Federal, houve conivência de Marcos.
A reportagem não conseguiu localizá-lo ontem, assim como não conseguiu falar com Parsifal Pontes.
Segundo um assessor do deputado, Pontes estava em viagem à França, onde foi acompanhar uma missão oficial do Estado em uma feira. A reportagem não conseguiu falar com o advogado dele.
A Camargo Corrêa informou, por meio de sua assessoria, que não foi citada pela Justiça sobre a ação e, por isso, não tem conhecimento de seu teor.
A assessoria do Dnit informou que foi o órgão foi o denunciante da suposta irregularidade e que irá se manifestar apenas durante o processo.


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