São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997.

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Cidade tenta atrair montadora

da Agência Folha, em Itabira

A venda da Vale do Rio Doce está fazendo com que os empresários, comerciantes e políticos de Itabira antecipem o futuro.
Sempre se soube que as operações da Vale em Itabira vão cessar por volta de 2030, quando está prevista a exaustão do ciclo minerador, mas os projetos para manutenção do desenvolvimento sem a Vale não passavam de planos.
A privatização, no entanto, está obrigando a cidade a agir. Já existe um distrito industrial e um plano para atrair indústrias, apoiado em um fundo de desenvolvimento composto por 40% da arrecadação dos royalties gerados pela Vale.
O prefeito Jackson de Pinho Tavares (PT) disse que a prefeitura já contratou estudos técnicos, que sinalizam para a busca de empresas do setor de metal-mecânica, além de ser um bom lugar para se ter uma montadora de veículos.
Tavares disse que o estudo mostra que depois de Betim, Itabira é a cidade do Estado com melhor logística para receber uma montadora de veículos. O município entrou no páreo para abrigar uma fábrica da Peugeot ou Hyundai, que o governo mineiro tenta atrair.
Tavares destaca como pontos favoráveis a proximidade de Belo Horizonte e Ipatinga, onde está a Usiminas (que fornece aço), e o acesso direto, via ferrovia, ao porto de Tubarão, em Vitória (ES).
José Ronmanoel Mendes, presidente da Associação Comercial, disse que o maior problema de Itabira não é a privatização da Vale, mas a exaustão mineral.

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