São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2000


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PAINEL

Mordomo do terror

ACM atribui o baixo desempenho que teve ontem na tribuna a um ardil peemedebista: Michel Temer (SP) o teria avisado, por intermédio de Inocêncio de Oliveira (PFL-PE), que a reação de Jader Barbalho seria no mesmo tom de seu discurso.


Um homem cordial

Sujeito oculto da disputa ACM-Jader, José Sarney acompanhou a troca de ofensas de seu gabinete. Depois, entrou no plenário pela porta dos fundos e subiu à Mesa para cumprimentar o baiano. Saiu por onde entrou. Mais tarde, enviou um cartão carinhoso a Jader.

Operação abafa

A troca de insultos e acusações entre ACM e Jader deixou os principais líderes governistas alarmados. Avaliação: a imagem do Senado está degradada. Procura-se uma fórmula para encerrar o assunto ainda na reunião de hoje da Mesa.

Pizza semipronta

Se puder, a Mesa Diretora do Senado manda arquivar as denúncias de ACM e Jader. Se a oposição criar muito caso, envia para a comissão de ética, deixando a receita da pizza para os partidos (PFL e PMDB).

Saldo popular

Comentário nos corredores do Senado sobre as desinteligências entre ACM e Jader: "O pior é a opinião pública concluir que os dois têm razão".

Socialismo em debate

Atendendo a pedido pessoal de Lula, o crítico Antonio Candido organizou uma série de seminários destinados a discutir o socialismo hoje. A palavra-tabu volta ao centro do debate no PT na próxima segunda. Os convites para o evento, cerca de 100, são "pessoais e intransferíveis".

De volta ao futuro

O seminário "Socialismo e Democracia", a cargo do Instituto Cidadania, criado por Lula, será aberto pela filósofa Marilena Chaui. O título da palestra: "O que é o socialismo no ano 2000?". A intenção é "sacudir a letargia" que domina o partido.


Temor brasiliense

Cid Vieira de Souza Filho, advogado de um dos citados no dossiê Caribe, teve acesso a documentos que o FBI obteve ao prender dois brasileiros envolvidos na divulgação da suposta conta secreta da cúpula tucana no exterior. O telefone de Cid, em Miami, não pára de tocar.

Partido do bocão

Ao prometer apoio à candidatura do tucano Geraldo Alckmin, o PTB paulista reafirmou sua vocação. Pediu as secretarias de Saúde e do Trabalho no governo Mário Covas. É muito.

Nova autópsia

Badan Palhares deve depor de novo na CPI do Narcotráfico, na próxima semana. Os parlamentares querem mais explicações sobre a movimentação financeira do legista, considerada incompatível com suas declarações de bens e renda.

Impressão digital

De Ricardo Berzoini (PT-SP), verificando que o autor da lista da suposta mesada a vereadores confundiu bairros ao escrever os endereços dos parlamentares: "O Pitta realmente deve estar por trás da lista. Ela só pode ter sido feita por alguém que não conhece São Paulo".

Visitas à Folha

José da Silva Guedes, secretário da Saúde do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de David Capistrano da Costa Filho, coordenador do Qualis (Qualidade Integral em Saúde), de Rosa Maria Barros dos Santos, coordenadora municipal do Qualis e do Qualis Itaquera, de Maria Eugênia Lemos Fernandes, diretora-presidente da Associação Saúde da Família, e de Karla Terra, assessora de imprensa da Secretaria da Saúde.

Edward D. Jardine, presidente da Procter & Gamble na América Latina Sul, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Neiva A. S. Carmo, diretora de Assuntos Corporativos da Procter & Gamble, e de Agostinho Gaspar, presidente da Gaspar & Associados - Comunicação Empresarial.

TIROTEIO

Do deputado João Herrmann, líder do PPS na Câmara, sobre a crise na base aliada:
- A estratégia de FHC é estimular a divisão de sua base agora porque sabe que é o único que poderá aglutiná-la, novamente, lá na frente, na sucessão.

CONTRAPONTO

Consolo de cascavel
Recentemente, o deputado Henrique Alves (PMDB-RN) cruzou com o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), nos corredores da Câmara.
O pefelista parecia cabisbaixo -acabara de perder a maioria na Câmara devido à manobra conduzida pelo tucano Aécio Neves (MG), com o aval do Palácio do Planalto.
O golpe levou o PFL, que se julgava, além de o partido mais profissional, o parceiro preferencial de FHC, a se considerar preterido na aliança política que sustenta o governo federal.
Essa mesma sensação teve o PMDB no início do ano passado, quando alas do PFL e do PSDB tramaram -em vão- a saída dos peemedebistas da aliança governista.
Percebendo o constrangimento de Inocêncio Oliveira, Henrique Alves passou os braços sobre os ombros do parlamentar pefelista, mostrou-se compreensivo e destilou o veneno:
- Eu sei o que vocês estão sentindo. Nós também já passamos por isso...


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