|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROMOTORIA
Lista entregue pelo vereador Carlos Neder aponta apadrinhados políticos
Ministério Público investiga Cohab
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público,
vai investigar uma lista divulgada
ontem pelo vereador Carlos Neder (PT) que traz apadrinhados
políticos na Cohab (Companhia
Metropolitana de Habitação). Há
a suspeita de que alguns deles são
fantasmas.
A lista tem 37 nomes de servidores que trabalhariam na empresa
graças à indicação de vereadores,
empresários, escolas de samba e
até conselheiros do TCM (Tribunal de Contas do Município). O
documento relaciona o cargo dos
indicados e os salários, que variam entre R$ 2.979,53 a R$
7.700,00.
Dos funcionários nomeados,
segundo Neder, dois seriam fantasmas: Guiomar Calil, que ocupa
o cargo de assistente da diretoria,
com salário de R$ 4.424,57, e Ricardo Viveiros de Paula, que ocupa a assessoria de comunicação
social e recebe R$ 5.618,48.
Guiomar está afastada há mais
de um ano para tratamento médico. O presidente do PPB paulista,
Ademar de Barros Filho, marido
de Guiomar, disse que "isso faz
parte de um esquema da própria
Cohab".
Viveiros disse que era funcionário da empresa desde 1991 e saiu
em fevereiro deste ano. "Sempre
trabalhei e posso provar."
"Cumpre ressaltar que esta denúncia parece confirmar as informações prestadas por dona Nicéa
Pitta no que diz respeito à responsabilidade pela contratação da senhora Wally Cecília Domingos,
atribuída a uma vereadora que,
segundo a lista, responderia pela
indicação de outros dez cargos de
confiança", ressalta o texto.
Wally disse em depoimento ao
Ministério Público que era obrigada a devolver parte do salário à
vereadora Myryam Athiê
(PMDB). A vereadora negou que
a tenha indicado para algum cargo na Cohab e apontou o vereador Miguel Colasuonno (PMDB)
como o responsável pela indicação da funcionária.
"Não desconheço esse nome,
mas não é pessoa de meu relacionamento pessoal", disse Colasuonno.
O chefe de gabinete de Myryam,
Hildebrando Carminati, disse que
ela indicou seis funcionários para
a empresa quando ainda ocupava
a diretoria de patrimônio, e não
dez como constaria da lista.
Texto Anterior: A frase Próximo Texto: Investigação: Juiz manda devolver CPUs à prefeitura Índice
|