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Embate causa
perplexidade
da Sucursal de Brasília
O embate entre os senadores
Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA) parou o Congresso, lotou o
plenário do Senado e provocou
um clima de perplexidade entre
deputados e senadores.
Os parlamentares se disseram
surpresos e afirmaram que não
esperavam que duas das maiores
lideranças partidárias pudessem
chegar aonde chegaram.
Os parlamentares evitaram dar
declarações abertamente, mas
consideraram que o episódio foi
ruim para o Congresso, para a
imagem que a população tem dos
deputados e dos senadores e negativo também para o governo,
porque são lideranças de dois
partidos que integram a base de
sustentação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que foi
um "dia triste" para o Legislativo.
"Isso é preocupante. É lamentável que tenham chegado a esse
ponto. Temos de fazer com que as
coisas voltem a um nível mais alto. Todos perderam, principalmente os dois envolvidos, a própria Casa e a classe política."
O líder do governo no Senado,
José Roberto Arruda (PSDB-DF),
disse que o confronto entre ACM
e Jader é "um evento político pontual", que não vai atrapalhar as
votações de interesse do governo.
Arruda afirmou que não conseguiu evitar o confronto público de
ontem. "O único ponto positivo
disso tudo é o fato de que os dois
reiteraram o apreço a FHC."
O senador Roberto Requião
(PMDB-PR) afirmou que "o Brasil ganhou" com a divulgação das
denúncias. "Sempre que essas
acusações vazam, algumas verdadeiras, a opinião pública cresce."
A líder do bloco de oposição,
Heloísa Helena (PT-AL), propôs a
aprovação de um projeto que torne obrigatória a quebra de sigilo
bancário de todos os senadores e
de seus familiares e assessores.
Para Roberto Freire (PPS-PE), o
Senado "nunca teve uma tarde
tão lamentável". Ele defendeu o
envio dos documentos de ACM e
Jader ao Ministério Público.
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