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PF diz que ouvir
ex-ministro em
casa foi correto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral da Polícia
Federal, Paulo Lacerda, disse
que ocorreu uma "falha de
comunicação" no episódio
em que a PF ouviu Antonio
Palocci em sigilo e em casa.
O órgão é acusado de conceder regalias ao ex-ministro."Foi uma atitude isolada
do delegado e correta do
ponto de vista da investigação", afirmou Lacerda, com
a ressalva de que "poderia
ter havido uma comunicação" melhor da PF no caso.
O depoimento estava previsto para acontecer às 10h
de ontem, na sede da PF. Porém foi tomado anteontem
no final da tarde na residência oficial da Fazenda. A decisão de ouvir o ex-ministro
em outro horário foi tomada
pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que atendeu
ao pedido do advogado de
Palocci, José Roberto Leal.
Segundo Leal, se o depoimento não fosse antecipado,
precisaria ser adiado outra
por causa dos problemas de
saúde de seu cliente.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Nicolao
Dino, criticou o fato de a PF
ter tomado o depoimento e
indiciado Palocci em casa.
"As pessoas que não mais
exercem cargo público não
têm porque preservar privilégios que não são inerentes
àquela função pública anteriormente exercida," disse.
Para o novo presidente do
Superior Tribunal de Justiça,
ministro Raphael de Barros
Monteiro Filho, não houve
privilégio. "Talvez [tenha sido] para impedir um certo
constrangimento, mas não
há nada de anormal nisso."
Batochio
O advogado José Roberto
Batochio, que também defende Palocci, negou ontem,
por meio de nota, que o ex-ministro tenha sido privilegiado. "Não constitui regalia, mas sim um direito inerente a qualquer cidadão em
circunstâncias especiais de
saúde, a tomada de depoimento em sua própria residência ou no hospital em
que se encontre mediante
atestado médico e ajuste
prévio com a autoridade responsável pelo inquérito."
(AM, SF E AC)
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