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Cavalos têm
até creminho
da Reportagem Local
Creminho para nariz a R$
19, esmalte a R$ 17 e pescoceira térmica para queimar
gordura a R$ 89 -todos esses mimos dignos de perua
estão à venda no Brasil. São
todos para cavalo, ``made
in USA, Texas'', claro.
A chancela texana é obrigatória para se fazer sucesso
no mercado country, segundo Guto Medeiros, 30,
dono da importadora Cowboys, que distribui produtos dos EUA para 450 lojas
no Brasil.
``Não vendo nenhum
produto brasileiro'', orgulha-se Medeiros, que tem
duas lojas em Presidente
Prudente (SP).
Creminho e xampu para
cavalos apontam para outra
tendência: o consumidor
country quer o melhor. Daí
o aposto que acompanha os
produtos -``é o melhor do
mundo''.
A Cowboys de Medeiros
importa chapéu Resistol
-o primo rico do tradicional Stetson e ``o melhor do
mundo''. Fivela, ele traz a
Montana. Cabresto, é Hamilton -``o melhor de
náilon do mundo''.
Os preços acompanham o
aposto. O chapéu Resistol
de pêlo de castor custa R$
500. Uma fivela Montana
chega a R$ 230. Bota Justin
em couro de avestruz bate
nos R$ 700. Um caubói para
estar na onda precisa gastar
ao menos R$ 1.596 (veja
quadro ao lado).
Imitações ou marcas de
segunda linha são abominadas, segundo Antonio
Bruno, 41, gerente de marketing da Wrangler. ``O
caubói que não vestir
Wrangler está fora do mundo country'', diz Bruno.
E não é uma Wrangler
qualquer -tem de ser a
``cowboy cut'' (corte de
caubói), com pernas mais
largas abaixo do joelho para
acomodar a bota e tecido
mais resistente.
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