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Temer estreia sistema de votação que "ignora" MPs
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao dar início à nova interpretação para votar projetos, ignorando medidas provisórias nas
sessões extraordinárias, a Câmara aprovou ontem projeto
que dá mais transparência para
gastos orçamentários.
O texto, que segue para sanção, é uma tentativa de dar uma
resposta às denúncias que vêm
atingindo o Congresso desde
fevereiro. Ele acrescenta artigos à Lei de Responsabilidade
Fiscal, obrigando União, Estados e municípios a colocar na
internet, em tempo real, informações referentes a despesas e
receitas. Gastos do Legislativo
e do Judiciário também terão
que ser divulgados.
O projeto dá prazo de um ano
para locais com mais de 100 mil
habitantes implantarem um
sistema de divulgação. Municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes ganham dois anos, e cidades menores, quatro anos.
Não é especificada a maneira
como a divulgação será feita.
O Executivo já tem um site
em que suas despesas são descritas, o Portal da Transparência. Vários Estados e alguns
municípios fazem o mesmo.
A Câmara divulga dados sobre a verba indenizatória, mas
omite outras informações, como gastos com planos de saúde
e passagens aéreas. No Senado,
as informações são restritas.
Além do projeto da transparência, a Câmara votou ontem,
durante a sessão extraordinária, mais uma proposta relacionada a direitos das crianças e
outros dois decretos de acordos
internacionais. A pauta da Casa
está trancada por três MPs.
O novo método de votação
resulta de uma nova interpretação da Constituição feita pelo
presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), há cerca de
dois meses. O seu entendimento é que as MPs só trancam a
pauta em sessões ordinárias.
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