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Presidente do TJ quer MP para reformar LRF
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Tribunal de
Justiça de São Paulo, Márcio Bonilha, defendeu ontem a edição de
medida provisória para alterar o
artigo 20 da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que limita os
gastos do Judiciário com pessoal
em 6% da receita líquida do Estado. Segundo o desembargador, a
necessidade do TJ paulista é de
7% da receita, sob pena de paralisação da Justiça estadual dentro
de dois anos por falta de pessoal.
"O Estado de direito está ameaçado na medida em que o cidadão
pode ser proibido de buscar a Justiça", afirmou. Declarando-se
contrário às MPs, Bonilha anunciou a proposta em encontro com
o presidente do TRF (Tribunal
Regional Federal) 3ª Região, Márcio José de Moraes. "Seria uma
das primeiras MPs a contemplar
os pressupostos constitucionais
da urgência e do relevante interesse público", disse Moraes.
Outra proposta de Bonilha é a
exclusão das aposentadorias e
pensões dos 622 inativos do TJ do
cálculo de comprometimento da
receita líquida. Mas todos continuariam a ser pagos pelo Estado.
Em abril, o Judiciário paulista
gastou 6,21% dessa receita. Concursos para juiz e contratação de
pessoal comissionado estão suspensos. O descumprimento da
LRF torna o presidente do TJ passível de prisão.
(RONALD DE FREITAS)
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