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PRIVATIZAÇÃO
Covas diz que assinaria CPI para apurar leilão das teles
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas
O governador de São Paulo, Mário
Covas (PSDB), disse ontem à noite
em Jundiaí que, se estivesse no
Congresso, assinaria a proposta de
instauração de uma CPI para investigar o suposto favorecimento
por membros do governo a grupos
interessados na privatização da
Telebrás, em julho passado.
O governador é correligionário
dos principais envolvidos no episódio, conhecido como "caso dos
grampos": o presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), o então presidente do BNDES, André
Lara Resende, e o então ministro
das Comunicações e atual vice-presidente do partido, Luiz Carlos
Mendonça de Barros.
Na ocasião, inclusive, o governador afirmou que assinaria também
um eventual abaixo-assinado encampado por governadores de
oposição a favor da instauração.
"Eu posso até ficar contra os resultados, mas jamais impediria a
instauração por causa de uma assinatura. Assinaria qualquer pedido
de CPI", disse Mário Covas.
Segundo ele, em sua época de
parlamentar, assinou um pedido
de CPI para investigar a CUT mesmo ouvindo queixas de colegas, e
não seria agora que ele iria se recusar a assinar algo similar.
As declarações do governador
foram feitas durante a cerimônia
de inauguração de uma estrada vicinal no trecho entre Jundiaí e
Louveira, no interior do Estado.
Questionado sobre a popularidade do presidente, Covas afirmou
que a queda é temporária e natural
do posto e que o mesmo acontece
nos Estados e municípios.
"É um fato episódico que deve
mudar inteiramente", disse.
Covas aproveitou a ocasião para
elogiar o projeto elaborado pelo
Ministério da Justiça e enviado pelo governo federal ao Congresso na
última terça-feira, que prevê prisão e multa, sem direito a fiança,
para porte e venda de armas.
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