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CASO TRT
Ex-senador nega acusação
Depoimento põe versão de Estevão em xeque
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em depoimento sigiloso ao Ministério Público do Distrito Federal, ex-donos da empreiteira Ebenezer revelaram que só conheceram a atual sócia majoritária da
empresa, Lúcia Bernadete Pinto
de Azevedo, em fevereiro.
Lúcia passou a integrar oficialmente a sociedade em março.
Mas assinou como titular da Ebenezer um contrato com o Grupo
OK, do ex-senador Luiz Estevão
(PMDB), com data de 6 de dezembro de 99. O documento embasou decisão que permitiu a liberação de 101 imóveis do grupo. Os
bens seriam dados como pagamento a serviços prestados pela
Ebenezer. O Superior Tribunal de
Justiça derrubou o despacho.
Lúcia trabalha para Estevão,
que é acusado de envolvimento
no desvio de R$ 169,5 milhões da
obra superfaturada do Fórum
Trabalhista de São Paulo. O ex-senador disse que hoje oficializará a
compra da Ebenezer pelo grupo.
"Se há alguma coisa de que ninguém pode me acusar é de ser dissimulado." O Ministério Público
Federal em São Paulo vai abrir investigação criminal sobre o caso.
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