LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dos cerca de 60 mil documentos sobre a prefeitura petista de Santo André, que estão sob análise dos promotores criminais, apenas 20% foram analisados.
Segundo os promotores, pelo volume de papéis que se amontoam na sala do Ministério Público em Santo André, novas empresas e novos nomes poderão cair na "malha fina" das investigações sobre supostas irregularidades que envolvem a administração.
Os documentos são pareceres do TCE (Tribunal de Contas do Estado), dados da Junta Comercial de São Paulo e cópias de contratos municipais.
Com base nos documentos já analisados, os promotores instauraram seis procedimentos investigatórios, todos referentes a supostos contratos firmados sem concorrência pública ou com licitações dirigidas para favorecer determinados grupos.
Cada procedimento diz respeito a uma empresa contratada pela prefeitura. São elas: Rotedali (de limpeza pública), Projeção (obras), Rodvias (consultoria), Offício e Prize -as duas últimas de serviço de vigilância. Duas dessas empresas (a Rotedali e a Offício) são rés em ações civis públicas por improbidade administrativa (má gestão pública).
Os promotores aguardam ainda dados da Junta Comercial sobre a constituição societária de várias empresas. Algumas, como a Projeção e a Rotedali, estão ligadas a uma mesma pessoa: Ronan Maria Pinto -denunciado por formação de quadrilha e por extorsão. Ele é o dono da Rotedali e foi proprietário da Projeção -que hoje pertence a um ex-funcionário.


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