São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

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CAIXA PAULISTA

Reajuste atinge 909 mil

Alckmin dá aumento de 5% a 59% a servidores

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem os valores do aumento salarial que será concedido aos servidores públicos do Estado a partir de setembro.
Os reajustes variam de 5%, para os funcionários da educação e da administração penitenciária, a 59%, para engenheiros, engenheiros agrônomos, arquitetos e assistentes agropecuários.
O piso salarial no Estado passará de R$ 400 para R$ 470, um aumento de 17,5%.
Esses aumentos afetarão os pagamentos de pouco mais de 909 mil pessoas -99% do ativos, inativos e pensionistas do Executivo paulista- e, de acordo com o governo, representarão um impacto de R$ 1,35 bilhão no Orçamento de São Paulo no ano que vem.
Para chegar aos novos valores, o governo paulista considerou que a economia brasileira no ano que vem terá um crescimento de 3,8% e inflação de 5,17%.
Segundo o secretário estadual da Fazenda, Eduardo Guardia, São Paulo buscará ficar um pouco abaixo do limite prudencial estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), a partir do qual ficam impedidos de fazer novas contratações e a conceder novos aumentos.
"Queremos evitar o engessamento administrativo do Estado", afirmou ele.

Salário mínimo
Ao fazer o anúncio dos reajustes, o Executivo paulista, do PSDB, partido que faz oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, destacou que entre 1995 e 2004 houve uma grande diferença entre os reajustes dados ao salário mínimo e os concedidos ao piso salarial do Estado. Enquanto o valor nacional aumentou 160% (de R$ 100 para R$ 260) enquanto o piso paulista subiu 276% (de R$ 125 para R$ 470).
Segundo Alckmin, o projeto de lei do reajuste deverá ser enviado à Assembléia Legislativa nos próximos dias para ser aprovado em agosto e entrar em vigor no dia 1º de setembro.


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