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BASTIDORES
Nota divulgada por Borba teve 1ª versão descartada
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A nota que o então líder do
PMDB na Câmara, José Borba
(PR), divulgou ontem para justificar sua relação com publicitário
Marcos Valério de Souza teve descartada uma primeira versão, que
tinha sido aprovada numa reunião na madrugada de ontem,
com alguns integrantes da cúpula
do partido no Congresso.
Na versão aprovada na casa do
ministro Eunício de Oliveira (Comunicações), Borba dizia que não
renunciaria à liderança -como
sugeriu anteontem o presidente
do partido, Michel Temer-, por
não temer as investigações.
O teor foi relatado à Folha por
um dos participantes da reunião.
Segundo o relato, Borba argumentava que não havia motivos
para ser afastado da liderança
porque as suspeitas de que ele se
beneficiou do "mensalão" não
vão se confirmar.
Sem citar os nomes, apontava
também que, mais envolvidos no
escândalo do que ele, os líderes do
PP (José Janene), PL (Sandro Mabel) e do PTB (José Múcio) não foram foram pressionados pelos
pares a deixar a função.
Da reunião participaram, além
de Borba e o ministro anfitrião, o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado
federal Jader Barbalho (PA), além
do ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), do PC do B.
A reunião foi convocada para o
grupo discutir nomes do PMDB
para o novo ministério de Lula e
para decidir sobre a permanência
de Borba na liderança do partido
na Câmara após parte da cúpula e
a ala não governista ter exigido
sua renúncia. O ministro Aldo
Rebelo compareceu para tratar do
primeiro item das conversas.
O encontro na casa de Eunício
foi precedido de outro, na casa de
Barbalho. Dele participaram 15
deputados da ala governista,
quando foi feito um esboço da nota aprovado depois.
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