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Serra lidera em São Paulo, com teto de R$ 45 mi; Mercadante declara R$ 35 mi
ROGÉRIO PAGNAN
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira eleição após o
escândalo do caixa dois petista
e do endurecimento pelo TSE
das regras eleitorais, o limite de
gastos dos candidatos de São
Paulo ao Executivo e ao Legislativo teve um salto em comparação a 2002.
Segundo os partidos, na lista
apresentada ontem à Justiça
Eleitoral, o candidato tucano
ao governo paulista, José Serra,
é o que apresenta a maior estimativa: R$ 45 milhões.
Em comparação aos
R$ 18 milhões previstos pelo
ex-governador Geraldo Alckmin na última eleição, o crescimento foi de 150%. Se o teto
fosse corrigido pela inflação,
usando o IPCA, seria de cerca
de R$ 25 milhões.
Um dos principais adversários do tucano, o petista Aloizio
Mercadante, também apresentou um limite de gastos bem superior ao apresentado por José
Genoino em 2002.
O senador disse ter apresentado um limite de R$ 35 milhões, contra os R$ 20 milhões
de Genoino. Usado o mesmo
índice de correção, o teto petista seria de R$ 27,6 milhões.
Questionado sobre o assunto, Mercadante se limitou a
afirmar que a previsão é sinônimo de "transparência". "Fiz um
teto de campanha alto para dar
a demonstração de que queremos transparência total."
O ex-governador Orestes
Quércia (PMDB) vem em terceiro nas previsões com R$ 30
milhões, exatamente o dobro
do estipulado pelo candidato
do partido em 2002, Lamartine
Posella. "A estimativa real de
gasto é, porém, um terço disso.
Colocamos um teto alto porque
acreditamos que a candidatura
vai crescer", disse o coordenador Marcelo Barbieri.
O candidato do PDT, Carlos
Apolinário, vem com a menor
estimativa: R$ 5 milhões. "Não
tenho a máquina pública do
PSDB nem o caixa dois do PT",
disse o pedetista. Na última
eleição, o partido não teve candidato próprio.
Na disputa pelo Senado, o favorito Eduardo Suplicy (PT)
também encabeça a lista entre
as maiores previsões: R$ 7 milhões. A previsão de gastos de
Guilherme Afif Domingos não
foi informada pela coligação
PSDB-PFL-PTB-PPS.
A candidata do PMDB, Alda
Marco Antonio, estipulou um
teto de R$ 5 milhões.
Para a Câmara, o PSDB apresentou o maior teto: R$ 3 milhões por candidato. Já para a
Assembléia, petistas e tucanos
estão iguais: R$ 1,5 milhão.
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